Educação de Limeira tem mais de 30 profissionais afastados por problemas de saúde mental

Em resposta a requerimento, a Secretaria Municipal de Educação emitiu relatório no qual informa que, até 10 de novembro, 32 servidores da pasta estavam afastados em Limeira por problemas de saúde mental, conforme laudo pericial.

Dos servidores afastados com este diagnóstico, estão um auxiliar administrativo; seis auxiliares de serviços gerais; um diretor de escola; sete merendeiros; seis monitores; 10 professores; e um secretário de escola.

Os dados haviam sido pedidos no início de outubro pela então vereadora Constância Félix (PDT), que teve o mandato extinto e já deixou a Câmara Municipal de Limeira. O ofício da Prefeitura com as respostas chegou ao Legislativo no final de novembro.

O secretário da pasta, André Luis de Francesco, explica que há uma profissional da área da psicologia, cedida pelo Centro de Promoção Social (Ceprosom) desde o ano de 2018. Ela auxilia os trabalhos na Educação, mas prioriza o atendimento aos estudantes que apresentam comprometimento na aprendizagem, com causas relacionadas aos aspectos emocionais.

Segundo a pasta, a profissional também atende casos de funcionários da rede municipal que apresentam problemas para o desempenho de suas atribuições em sua área de trabalho, por questões psiquiátricas ou emocionais.

A secretaria pretende realizar concurso público para contratação de profissionais da área da psicologia, com o objetivo de atender as demandas da rede municipal de ensino.

A demanda também vai atender lei recentemente aprovada pela Câmara, de autoria da vereadora Mariana Calsa (PL), que estabelece parâmetros e princípios para uma política pública de inclusão de psicólogos na educação básica municipal. A parlamentar justificou a medida, já sancionada pelo prefeito Mario Botion. “Um olhar técnico-especializado para as nuances do comportamento humano vinculado com os resultados escolares pode ajudar em encaminhamentos e possíveis diagnósticos como detecção de deficiências intelectuais, emocionais e/ou físicas, sinais de casos de abusos físicos e sexuais dentro e fora dos ambientes escolares, casos de bullying recorrentes de características físicas, de gênero, orientação sexual, etc., e demais situações que demandam atenção especializada. Importante ressaltar que, quando falamos de psicólogos nas escolas, não estamos falando da psicologia clínica, mas sim de um profissional que vai atuar dentro das competências definidas na especialidade”.

Em junho deste ano, também foi sancionada a Lei 6.756/2022, projeto de autoria da vereadora Terezinha da Santa Casa (PL) que assegura, aos profissionais de educação da rede municipal, estadual e particular de ensino de Limeira, tratamentos de caráter preventivo e terapêutico relacionados à saúde mental, vocal e auditiva. Por meio desta legislação, o Executivo deve promover campanhas informativas e de orientação sobre as doenças profissionais mentais, vocais e auditivas mais comuns entre os professores e oferecer atividades ministradas por especialistas da área de saúde para orientar os profissionais da educação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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