A Polícia Civil de Limeira, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), prendeu em flagrante o proprietário de uma academia no Jardim Vista Alegre, por manter depósito para venda de substâncias anabolizantes. Com a fiança arbitrada em R$ 5 mil, e paga, o juiz da 2ª Vara Criminal, Guilherme Lopes Alves Lamas, autorizou a liberdade provisória enquanto prosseguem as investigações.
Estão à frente da defesa do suspeito os advogados José Renato Pierin Vidotti e Alex Pelisson, que conseguiram a autorização para liberdade provisória, mas agora deverão se dedicar aos esclarecimentos do que os investigadores encontraram na academia do homem.
Diversos medicamentos foram apreendidos e já encaminhadas para perícia. A Vigilância Sanitária foi acionada na hora do flagrante e, à polícia, a representante do órgão informou que, em princípio, estão todos irregulares por ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além dos padrões de identidade e rastreabilidade, especialmente porque parte dos rótulos são de origem paraguaia.
Um dos frascos também contém cápsulas que remetem a produto manipulado sem identificação da farmácia responsável e com divergência de endereço e licença da farmacêutica responsável. Tem duplicidade de registro de ordem de manipulação com ausência do prescritor e do paciente. “Ademais, são medicamentos de uso controlado, podendo ser comercializados somente por drogarias e administrados por profissionais devidamente habilitados […]. A compra destes medicamentos somente podem ser efetuadas com a retenção de receita médica. Parte dos produtos são de procedência ignorada”, diz a autoridade sanitária à polícia.
O homem foi interrogado pela polícia e disse que não é traficante de drogas, mas consumidor de substâncias anabolizantes e que, para o uso, busca as medicações em Sumaré. Diz que aproveita a viagem para trazer alguma quantidade aos conhecidos e alunos que encomendam.
Os policiais chegaram até o suspeito por denúncia anônima. Ele foi abordado no anel viário quando retornava de Sumaré no último dia 1, quando recebeu voz de prisão.
Agora, em liberdade provisória, o suspeito se comprometeu com a Justiça em comparecer em todos os atos do processo e não alterar o endereço sem prévia comunicação.
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