Despesas veterinárias com lulus da pomerânia em Limeira chegam a R$ 61 mil

Relatórios enviados à Polícia Civil mostram que o atendimento inicial feito por entidades de proteção que recolheram os 134 animais em aparente situação de maus-tratos em Limeira, entre eles 131 lulus da pomerânia, já custou, no mínimo, R$ 60.985.90.

O titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Leonardo Burguer, solicitou os recibos para anexá-los no inquérito policial que investiga o caso. O objetivo é subsidiar o Judiciário para, eventualmente, determinar o ressarcimento às quatro entidades que atuam como fiéis depositárias até que haja uma destinação dos animais por ordem judicial.

Uma das entidades informou gastos de R$ 15 mil com o atendimento realizado em 27 animais no dia 13 de abril. As despesas em uma clínica incluem consultas, exames, microchipagem, banhos e tosas. Já com medicamentos, foram mais R$ 4.995,10. Em uma segunda clínica, foram mais R$ 18.690 para atendimento de 42 animais resgatados, com despesas entre os dias 13 e 16 de abril.

Também chegaram à Polícia Civil de Limeira relatórios de despesas em uma clínica veterinária de Americana, no valor de R$ 6.600,80, e em outro estabelecimento, de Sumaré, com total geral de R$ 15.700,00.

O empresário de 52 anos e a vendedora de 47 anos foram investigados pelo crime previsto no artigo 32, §1º-A, da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais), que configura maus-tratos a cães e gatos. A pena varia de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda dos animais.

Os 131 cães da raça Lulu da Pomerânia, um pastor belga, dois cães da raça lhasa apsu e mais quatro gatos persas estavam no imóvel do casal, localizado em uma estância de chácaras na região do Jd. Palmeira Real, zona sul de Limeira. O local onde eles estavam, conforme a Polícia Civil, era insalubre e outras eventuais irregularidades, como posse e armazenamento irregular de medicamentos, foram identificadas.

O inquérito policial foi relatado e o Judiciário abrirá vistas ao Ministério Público (MP), que pode oferecer denúncia criminal ou pedir mais diligências.

Foto: Divulgação

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