Condenado homem que tentou aplicar golpe do bilhete premiado em idoso em Limeira

A Justiça de Limeira condenou J.A.S., morador de Rio Claro, a dois anos e oito meses de prisão por tentativa de estelionato contra um idoso, de 75 anos, em Limeira. Ele tentou aplicar o conhecido golpe do bilhete premiado, o idoso chegou a retirar o dinheiro do banco, mas populares desconfiaram e evitaram o prejuízo e a consumação do crime.

A sentença foi assinada em junho pelo juiz Wander Benassi Junior. Nos autos, a descrição da ocorrência mostra que o idoso foi abordado no dia 10 de outubro de 2019, por volta das 11h, perto de uma unidade de saúde.

O réu alegou que seria de um sítio e precisava receber um valor em dinheiro, em decorrência de um bilhete de loteria que estaria premiado. O comparsa aproximou-se dele e da vítima, instante em que pediu para ver o bilhete e simulou uma ligação telefônica de um aparelho celular, tendo dito que o bilhete realmente estava premiado.

Em seguida, o denunciado e seu comparsa convenceram o idoso a ajudá-los no recebimento do prêmio, mediante demonstração de que este último possuía conta bancária para “movimentar” o valor do prêmio e lhe oferecer garantia financeira.

A vítima os acompanhou em veículo GM Monza, de cor azul escuro, até a agência central da Caixa Econômica Federal. Ao chegarem à agência, o réu e seu comparsa aguardaram no carro, enquanto o idoso desembarcou e sacou R$ 4 mil. Ao sair da agência bancária e antes de entregar o dinheiro, a vítima notou que o último dirigiu-se a uma lotérica nas imediações e retornou dizendo ter confirmado que o bilhete estava premiado.

Ele desconfiou da idoneidade e solicitou que retornassem em sua companhia à instituição financeira para conversar com o gerente e confirmar se o bilhete estava ou não premiado. Os dois, então, pediram ao idoso que deixasse o dinheiro sacado e fosse conversar sozinho com o gerente, o que foi recusado pela vítima.

Posteriormente, aproximou-se uma pessoa conhecida da vítima e questionou se estava tudo bem. Populares desconfiaram que se tratava de um sequestro relâmpago e cercaram o denunciado e o indivíduo não identificado. O comparsa conseguiu fugir, mas J. foi detido pelos populares. Após, guardas municipais foram acionados ao local e prenderam o réu em flagrante delito.

Em juízo, o homem informou que já responde a processo do bilhete premiado. Disse que estava precisando de dinheiro, em situação difícil, sem renda e um amigo o chamou e aceitou. Sabia que era errado, mas como estava em situação difícil concordou em aplicar o golpe. Afirmou arrependimento.

A sentença foi de condenação com pena a ser cumprida em regime inicial semiaberto, mas ele pode apelar em liberdade.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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