Casal vira réu por furtos contínuos de semijoias; limeirense as revendia no Instagram

A Justiça de Limeira recebeu, neste mês, denúncia oferecida pelo Ministério Público contra um casal acusado de furtar, por quatro vezes, semijoias de uma empresa. Entre as táticas, uma delas foi revelada pelo DJ há um ano: as peças eram escondidas em um carrinho de bebê. A investigação foi aprofundada e demonstrou que a mulher revendia as semijoias no Instagram.

O MP chegou a oferecer acordo de não persecução penal (ANPP) ao casal, o que evitaria a abertura do processo penal. Contudo, como a Polícia Civil demonstrou a existência de indícios de conduta criminosa habitual e reiterada, o acordo foi descartado e a denúncia oferecida no início deste mês.

Em 6 de dezembro de 2022, policiais civis foram chamados até o comércio, que fica na Av. Costa e Silva, conhecido corredor de joia e semijoia folheada em Limeira. A informação era de que uma mulher estaria com uma criança em um carrinho de bebês, transitando pelos corredores do estabelecimento comercial, furtando semijoias e as escondendo no carrinho.

A suspeita passou pelo caixa e pagava por algumas peças, mas não fez o pagamento das demais que estavam escondidas. Já do lado externo, a mulher se dirigia com as compras e o carrinho de bebê ao veículo onde o marido a aguardava. Na abordagem, os policiais civis localizaram as peças no carrinho, como indicava a denúncia. Os dois foram conduzidos à delegacia.

A mulher possui cadastro na loja e faz compras regulares no local. Assim, além desta, foram identificadas outras três ações. O homem ficava no veículo, aguardando o retorno da companheira. Em 1º de novembro de 2022, ela entrou com uma bolsa no local, separou algumas peças e as escondeu sob o celular. Deixou o estabelecimento sem pagá-las.

No dia 8 seguinte, ocorreu a segunda ação. A mulher aproveitou e pegou peças de semijoias que estavam sobre uma mesa, guardando-as na bolsa. No dia 24 do mesmo mês, a terceira ação: a acusada, com a intenção de confundir as funcionárias, foi até o balcão com outro colar e pediu para que a peça fosse reservada para ela. Em seguida, deixou o local sem fazer o pagamento. A quarta ação foi a descoberta pela polícia, na qual o carrinho de bebê foi utilizado como esconderijo.

Em razão dos crimes, a Justiça autorizou busca e apreensão na casa dos investigados. Lá, a polícia encontrou diversas peças de semijoias da empresa, todas subtraídas. Durante as investigações, foi revelado que a mulher vendia as peças que furtava na rede social Instagram. Para isso, ela criou um perfil específico para a comercialização das semijoias, conforme a denúncia assinada pela promotora Raissa de Oliveira Martins Domingos.

A denúncia foi recebida pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Guilherme Lopes Alves Lamas, em despacho assinado em 11 de dezembro. Ambos serão citados e terão prazo de 10 dias para apresentarem respostas à acusação. Eles responderão ao processo em liberdade.

Foto: Pixabay

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