A vida de Maria (nome fictício), de 30 anos, moradora de Limeira, mudou em 2020 quando a sua mãe lhe revelou um segredo que manteve ao longo de décadas. José (nome fictício), aquele a quem ela sempre pensou que fosse seu pai, cujo nome constava na certidão nascimento, não era, de fato, seu pai biológico. Começou aí a história que culminou em sentença assinada no último dia 15 pelo juiz da 1ª Vara Cível de Limeira, Guilherme Salvatto Whitaker, que reconheceu a paternidade biológica.
O caso chegou ao escritório Pereira & Santos, dos advogados Filipe dos Santos e Laís Pereira. A mãe de Maria disse à filha que, na época, havia se relacionado outra pessoa e, durante este tempo, nunca lhe contou sobre o paradeiro do pai biológico. Este, por sua vez, conforme o escritório, sempre tentou contato com a filha, mas não conseguia. Até que, por meio da tecnologia, conseguiu localizá-la pelas redes sociais e procurou estreitar relações.
Após ser procurada pelo homem, Maria comentou com a mãe, que decidiu abrir o jogo e explicou a situação, confirmando que Pedro (nome fictício), que a havia procurado pelas redes sociais, era o seu pai biológico. A mãe sentia receio das reações da sociedade e da igreja, e preferiu não revelar a informação.
Neste ano, Maria decidiu fazer o teste de DNA, que confirmou Pedro como seu pai. José, que fez o registro da menina, sempre esteve presente na vida de Maria. Na sociedade, foi ele que se apresentou como o pai dela. Assim, Maria pediu à Justiça que seu sobrenome permanecesse em seu nome.
Com a sentença da Justiça de Limeira, Maria passou a ter dois pais em sua certidão de nascimento: Pedro (biológico) e José (socioafetivo).
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