Proposta apresentada na Câmara Municipal de Limeira quer incluir, na Lei de Arborização, a obrigatoriedade da elaboração de um inventário de árvores, com prioridade na área central. O levantamento deve considerar, também, os exemplares de relevante valor histórico e paisagístico. O projeto de lei é da vereadora Mariana Calsa (PL).
A parlamentar acrescenta, no texto do projeto, que o inventário é uma “quantificação e qualificação de uma determinada área vegetada, através do uso de técnicas estatísticas de amostragem ou censo”. Mariana aponta que o procedimento deve indicar, no mínimo, a localização dos exemplares, espécies e o estado fitossanitário delas.
A ideia é criar um mecanismo de longo prazo na gestão de árvores no município. “Isso é importante para que a cidade possa controlar a evolução da distribuição territorial de árvores no município, identificando espécies que merecem intervenção, seja pela poda [considerando riscos à fiação elétrica ou aos pedestres e carros que transitam/estacionam embaixo das árvores] ou remoção”, justificou.
O inventário facilitaria, a longo prazo, as respostas aos pedidos feitos pela população. E deve indicar áreas com baixa densidade arbórea, que podem receber novos plantios. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), Limeira é a 20º cidade no Estado de São Paulo em emissão de gás carbônico (CO²).
A Prefeitura de Limeira, em parceria com a Unicamp, fez em 2017 um censo arbóreo, que identificou déficit de 7% na densidade de árvores que seria ideal. “Um inventário realizado e alimentado de forma contínua pode trazer consistência e clareza nas políticas ambientais. Limeira plantou, de 2017 a 2020, quase 37 mil árvores em toda a cidade”, o que já indica defasagem nos números do censo. O projeto vai tramitar pelas comissões da Casa antes da apreciação do plenário.
Foto: Prefeitura de Limeira
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