Polícia de Limeira investiga “pancadões” no Ernesto Kühl que incomodam moradores

A pedido do Ministério Público (MP), a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar “pancadões” organizados nas madrugadas de sextas-feiras e sábados no Jd. Ernesto Kühl, na zona sul de Limeira. A infração penal investigada é a contravenção penal por perturbação de sossego dos moradores, além de outros problemas, como poluição sonora.

No início deste ano, o MP recebeu relato que moradores das imediações sofrem com o som alto dos “pancadões”. O problema já foi denunciado por diversas vezes, inclusive pela Câmara Municipal de Limeira, mas persiste.

Segundo a denúncia, a população aciona as forças de segurança, mas não há resultado. “Com a ausência das forças policiais e do poder público, a população fica com medo e desprotegida, dando também espaço para a criminalidade do bairro e região que vem aumentando, não só pelo crime ambiental e da perturbação do sossego, mas também de outros crimes como tráfico de drogas e roubos a residências e veículos”, diz a manifestação.

Os eventos ocorrem às sextas e sábados da meia-noite até as 6h. “O som é tão alto que chega ser ouvido em um raio de 4 km. Existem até grupos do Facebook com os organizadores, onde daria facilmente para as autoridades chegarem nos responsáveis”, diz a mensagem. Segundo o relato, trabalhadores, idosos, crianças, pessoas enfermas do Ernesto Kühl e bairros próximos passam a noite sem dormir.

O MP juntou a mensagem com moção de apelo aprovada em dezembro de 2020 na Câmara Municipal de Limeira. O documento, proposto pelo vereador Anderson Pereira (PSDB), cita o problema do “pancadão” no Ernesto Kühl e pede policiamento ostensivo das forças de segurança. Menciona que pais passam pelo constrangimento de serem expostos ao consumo de bebidas alcoólicas na frente de casa, com músicas de conteúdo pejorativo e sexual, e diz que igrejas não conseguem realizar cultos por conta do barulho e da movimentação.

Todo o material foi encaminhado pelo promotor Daniel Fontana à Polícia Civil, com pedido de instauração de inquérito, bem como ao comando da PM em Limeira para ciência dos fatos. A investigação policial foi aberta em fevereiro. As primeiras diligências não tiveram êxito. No bairro, várias pessoas foram questionadas pelos policiais, mas ninguém quis repassar informações. O vereador Anderson Pereira também será ouvido para prestar informações sobre a moção na qual denunciou o problema.

Foto: Divulgação

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