Pandemia recua PIB de Limeira após 4 anos de crescimento

Marcado como o primeiro ano da pandemia de Covid-19, o que levou muitas atividades econômicas a paralisações totais ou parciais, o ano de 2020 desacelerou o crescimento da economia de Limeira. Após 4 anos de crescimento, o Produto Interno Bruto (PIB) do município registrou queda.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (16/12). O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em um local, geralmente em um ano. O PIB dos municípios é sempre divulgado com dois anos de diferença, por isso, o número publicado agora é relativo a 2020.

Naquele ano, o PIB de Limeira foi de R$ 13,702 bilhões. A pandemia do coronavírus foi decretada em março de 2020. O índice ficou 0,69% abaixo dos R$ 13,798 bilhões registrados em Limeira no ano de 2019. O PIB per capita caiu de R$ 45.074 para R$ 44.816.

Foi o primeiro recuo registrado desde 2015, quando a cidade sofreu com a crise econômica na época do governo de Dilma Rousseff (PT). Naquele ano, o PIB de Limeira somou R$ 10,5 bilhões, contra os R$ 11,1 bilhões registrados em 2014.

Nos quatro anos seguintes, a economia limeirense registrou crescimento na comparação anual. Em 2016, saltou para R$ 11,7 bilhões; no ano seguinte, alcançou R$ 12,1 bilhões; em 2018, o PIB local totalizou R$ 13,2 bilhões e, em 2019, chegou aos R$ 13,7 bilhões.

O panorama em Limeira no ano 2020 foi registrado de forma geral em todo o país. Segundo o IBGE, os cinco municípios com as maiores quedas de participação no PIB do Brasil, entre 2019 e 2020, foram São Paulo (9,8%), com perda de 0,5 ponto percentual; Rio de Janeiro (4,4%), 0,4 ponto percentual; Brasília (3,5%), 0,2 ponto percentual; Curitiba (1,2%), 0,1 ponto percentual; e São José dos Pinhais (0,3%), com queda de 0,1 ponto percentual. Esses cinco municípios corresponderam a quase 20% do total do PIB do país, no ano.

“São Paulo e Rio de Janeiro já haviam sido as Unidades da Federação que mais perderam participação nas contas regionais de 2020, portanto, acompanhando aquele resultado, temos também entre os municípios, as capitais desses estados como as que mais perderam participação. Destacamos a perda de participação da atividade de serviços como fator determinante para esses resultados, em especial a atividade de comércio em um cenário de pandemia em 2020”, destaca Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE.

O analista destaca alguns dos principais impactos do primeiro ano da pandemia nos resultados dos municípios. “Os resultados de 2020 evidenciam que os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre as economias municipais variaram de acordo com a importância das suas atividades de serviços, sobretudo as presenciais. Isto porque estes serviços agregam as atividades com as maiores quedas de participação no país, entre 2019 e 2020, sendo as mais afetadas pelas medidas de isolamento social e queda da demanda durante o ano”, completa.

Com informações do IBGE

Foto: Pixabay

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