por Fernando Bryan Frizzarin
Em 2004, ou seja, há 20 anos, foi lançada na TV aberta dos EUA, pela emissora ABC, uma série revolucionária chamada “Lost”, ou “Perdidos”, mas ainda bem que não tiveram a péssima ideia de traduzir o título aqui no Brasil.
“Lost” foi revolucionário por diversas razões. Uma delas é que foi uma das primeiras séries a adotar uma narrativa não linear, começando a contar a história a partir de um ponto que não é exatamente o início. Em vez disso, apresentou aos espectadores um grupo de personagens que sobreviveu a um acidente de avião em uma ilha misteriosa, e ao longo dos episódios, revelou gradualmente os eventos que ocorreram antes do acidente, através de flashbacks e flashforwards. Essa abordagem única de contar uma história cativou o público e ajudou a elevar o padrão das narrativas televisivas, tornando-se uma referência para séries futuras.
A primeira cena é de alguém abrindo os olhos, com visão embaçada e percebe-se sobrevivente de um enorme acidente aéreo.
Escrita pelo renomado J. J. Abrams, conhecido por seu trabalho em “Missão Impossível”, “Cloverfield” e pelos três últimos episódios da icônica saga “Star Wars”, entre outros projetos, “Lost” encerrou sua trajetória de forma genial, embora não tenha sido universalmente adorada, após 121 episódios distribuídos em 6 temporadas, em 2010. Abrams é reconhecido não apenas por seu sucesso na televisão, mas também por seus filmes de grande bilheteria, como “Star Wars: O Despertar da Força” e “Star Trek”, que solidificaram sua posição como um dos cineastas mais influentes da atualidade.
Um dos grandes feitos de “Lost” foi no 18º episódio, na primeira temporada, ter apresentado o passado do personagem Hurley, que havia ganhado na loteria jogando os números 4, 8, 15, 16, 23 e 42. Depois disso, uma série de acidentes e má sorte começa a acontecer toda vez que ele se depara com a sequência. Inclusive na ilha onde estão perdidos, onde em um estranho computador, a mesma sequência deveria ser digitada a cada 108 minutos para evitar que tudo fosse pelos ares.
Lá pelas tantas, o personagem Locke deixa de seguir com a digitação dos números e tudo vai pelos ares mesmo, desencadeando uma série de eventos catastróficos que colocam em xeque a sobrevivência dos personagens e intensificam os mistérios da ilha. Esse momento marca um ponto crucial na trama, onde as consequências de não seguir o protocolo estabelecido pelo misterioso computador se tornam evidentes, ampliando o suspense e a tensão entre os sobreviventes.
Se você não assistiu, procure fazê-lo. A série “Lost” já esteve disponível na Netflix e agora está no Star+. Procurando bem, você assiste na internet.
E, depois de 20 anos (!), “Lost” voltou ao centro da discussão em algumas rodas de conversa, inclusive das minhas, que adoramos a série, porque a estatística resolveu dar uma chance para “Lost” na Mega Sena no último sábado, dia 04/05/2024.
Cinco dos seis números foram sorteados e a quina teve 35 vezes mais acertadores do que o habitual! Ou seja, há 20 anos várias pessoas ainda continuavam a jogar os números da série – 4, 8, 15, 16, 23 e 42. Os números sorteados foram 8, 15, 16, 23, 42 e 43, com um prêmio de R$ 1.878,49 para cada um dos 2.967 sortudos, entre eles um grande amigo que assistia a cada episódio para debatermos o conteúdo depois.
Como já discuti antes neste espaço, só ganha quem joga, então eu não ganhei.
Fernando Bryan Frizzarin é professor, escritor, inventor, é Gerente do Suporte Técnico da BluePex Cybersecurity S/A, Diretor Técnico e Operacional na Fábrica de Inovação de Limeira e professor do ensino superior nas FATECs Araras e Americana, SP. Formado em Ciência da Computação, Especialista em Redes, Psicopedagogo e MBA em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação. Autor, coautor ou participante de vários livros na área de computação e literatura. Depositário de patente, marca e de diversos registros de programas de computador como autor ou coautor em cooperação com colegas de trabalho ou alunos. Membro imortal da Academia Mundial de Letras da Humanidade sucursal Limeira, SP. Foi laureado com o Diploma Pérola Byington da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste e Professor Universitário Inovador da Câmara Municipal de Limeira.
Os artigos assinados representam a opinião do(a) autor(a) e não o pensamento do DJ, que pode deles discordar
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