O Banco do Brasil (BB) encaminhou, nesta semana, ofício à presidência da Câmara Municipal de Limeira (SP) com explicações sobre o episódio que envolveu o pai do vereador José Eduardo Monteiro Júnior (MDB), o Ju Negão. Ele ficou trancado na agência localizada na Av. Piracicaba, situação classificada como vexatória e que motivou moção de protesta ao banco, além de apuração sobre possível racismo institucional.
O episódio ocorreu em 15 de abril e foi mostrado pelo DJ. O pai do parlamentar chegou na agência às 19h50 para pagar contas, fez as operações e encerrou às 19h56, dentro do horário de permissão para entrada e saída da agência. Quando foi sair, a porta estava travada.
Ele entrou em contato com a instituição financeira e foi informado que deveria aguardar no local até que a porta fosse liberada. Ele permaneceu impedido de sair até 21h36, quando a polícia chegou ao local querendo saber o motivo pelo qual estaria retido. O pai do vereador prestou as informações a polícia até 22h.
Ju Negão diz que ele se sentiu desrespeitado e constrangido, já que estava ali na condição de cliente. O pai apresentou denúncia por racismo institucional à Comissão de Direitos Humanos da Câmara. “Se tivessem liberado a porta depois de conversar com o atendente […], mas depois que a PM chegou cara, não tem como você não se sentir, de certa forma, humilhado. Eu, sinceramente, nunca pensei em passar por isto na minha vida. Sessenta e sete anos, jamais imaginei uma situação desta”, enfatizou.
A comissão agendou oitiva para esta quinta-feira (9/5), às 10h, com um representante do Banco do Brasil, para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Mas o Banco se antecipou e encaminhou explicações no ofício. A instituição informou que analisou imagens do circuito interno onde foi constatado que o idoso acionou o botão de liberação da porta de saída. Contudo, estando com a mão esquerda ocupada, ele não fez a abertura manual da porta.
“Lembramos que o botão de liberação da porta apenas destranca a porta. No entanto, para que ela se abra, faz-se necessária a abertura manual da porta. Neste sentido, após a chegada da Polícia Militar ao local dos fatos, o cliente acionou o botão de abertura da porta e, imediatamente, a porta foi aberta após leve empurrar da porta pelo policial de plantão. Esta instituição financeira manifesta escusas pelo transtorno ocorrido e colocamos a disposição para outros esclarecimentos”, finaliza o BB no documento.
Foto: Câmara Municipal de Limeira
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