Para tomar posse de um dos imóveis do idoso José Santana, assassinado em 2014, acusados pelo Gaeco de integrar o esquema que ficou conhecido como Fraude do IPTU em Limeira, utilizaram documentos verdadeiros retirados de cartório, falsificaram documento público, registraram em sistema imobiliário municipal e ainda tentaram utilizar a Justiça para retirar os inquilinos antigos.
A sugestão de M.D.A. ao grupo foi tentar uma reintegração de posse ou, então, partir para o “tabuleiro”, termo utilizado para um tribunal paralelo do crime. C.B. concordou que o caminho era a reintegração de posse e uma audiência foi marcada em uma das varas cíveis da comarca.
O requerente da ação de imissão na posse (ato judicial que garante a uma pessoa a posse sobre um bem em situação em que ela estava privada desse direito) foi A.H., o morador de Serra Negra que está foragido e para o qual foi feita a maior parte das transferências de titularidades ilegais de imóveis, que supostamente não tinham quem reclamasse.
As testemunhas arroladas por A.H. foram outros apontados pelo Gaeco como integrantes do esquema: C.B. e O.V.S.. A audiência aconteceu e foi proposta conciliação, mas restou infrutífera.
Havia até uma estratégia planejada para argumentos de O., que falaria enquanto testemunha. Ele citaria que o idoso que foi assassinado, verdadeiro dono do imóvel em discussão, era cego e que, possivelmente, ele teria construído em terreno errado.
O DJ contou esta história (leia aqui).
O juiz que presidiu a audiência determinou aguardar o decurso do prazo para contestação, para que o autor se manifestasse sobre os documentos juntados. Não deu tempo de A.H. e outros se preocuparem em contestar porque a operação deflagrada pelo Gaeco aconteceu três dias após a audiência.
Na semana passada, o Gaeco denunciou 10 por diversos crimes. Agora, é aguardado o recebimento da ação pelo juiz Rogério Danna Chaib para dar início ao processo criminal e instrução.
A cobertura completa do caso neste link
Foto: Diário de Justiça
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