Caso Guigo: acusado de homicídio é julgado por júri popular nesta quinta-feira

O júri popular que analisará a morte do empresário do ramo de guinchos Wagner Rogério da Silva, de 39 anos, está marcado para esta quinta-feira (9/5), no Salão do Júri do Fórum Criminal de Limeira, no Centro. Guigo, como era conhecido, foi espancado na madrugada de 16 de dezembro de 2021. O acusado pelo crime é o policial militar M.A., de 48 anos.

Durante a sessão, serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa, além do réu. A Promotoria e a defesa terão tempo para debates e exposição de argumentos.

M. será julgado por homicídio triplamente qualificado. Ele chegou a ser preso por ordem da Justiça de Limeira, mas foi beneficiado com liberdade provisória e respondeu ao processo em liberdade.

A promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti diz que o acusado assumiu os riscos ao espancar o empresário. Os fatos ocorreram em um estabelecimento noturno localizado à Rua Treze de Maio, no Centro. Ela aponta, como qualificadoras, motivo torpe, o uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa de Guigo, atingido por socos e chutes que causaram os ferimentos que o levaram à morte. Todas as qualificadoras apontadas na denúncia deverão ser analisadas pelos jurados. O inquérito apontou o PM como o autor principal da primeira e segunda agressão contra Guigo.

A tese da defesa é de que o acusado agiu em legítima defesa (leia mais aqui). Afirmou que, já do lado de fora do estabelecimento, “Guigo” retornou, começou a agredi-lo e ameaçá-lo novamente. “O réu aduziu que deu um pisão na região do peito, pegou o celular e acionou o resgate e outras viaturas, porém, o ofendido se levantou. Disse que uma enfermeira que estava no local prestou socorro à vítima. Acrescentou que o réu o agrediu dentro do bar e que sua intenção era apenas defender-se, e não de matar a vítima”, argumenta a defesa em trecho reproduzido na decisão que determinou o júri popular.

Após os debates em plenário, a decisão caberá ao Conselho de Sentença, formado por sete jurados que serão sorteados e escolhidos no início do júri. Em caso de condenação, a pena será fixada pelo juiz que preside os trabalhos.

Foto: Diário de Justiça

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