Alunos do Ensino Médio do Colégio Acadêmico de Limeira se organizaram e planejaram a realização de um Júri Simulado, que aconteceu nesta sexta-feira (29). O Mock Trial 2023 teve todo o sistema de Justiça representado pelos alunos, sendo apenas a figura do juiz feita por um magistrado de verdade, decano na Comarca de Limeira, Marcelo Ielo Amaro, que aceitou participar deste momento com fins acadêmicos.
O projeto foi uma iniciativa do aluno Victor Cortez Bevilacqua, com apoio da direção do Colégio Acadêmico, por meio da diretora Ana Karina, e orientação de profissionais das respectivas áreas, sendo um deles a jornalista do portal Diário de Justiça, Renata Reis, que orientou os alunos que representaram a imprensa e a mídia. Este grupo idealizou o Acad News, um telejornal que fez a cobertura do caso que foi a julgamento.
Os alunos buscaram um caso já transitado em julgado, de um homicídio duplamente qualificado, para terem como referência para as pesquisas e preparo para seus papéis no julgamento.
Alguns alunos foram os promotores de Justiça e defenderam a condenação do réu, também representado por um dos estudantes. Ele foi defendido por outros colegas, no papel de advogados.
Também teve escrevente, oficiais de Justiça, policiais, as testemunhas dos dois lados e os jurados que compuseram o conselho de sentença.
Sem falas decoradas, já que o objetivo era o debate, poder argumentativo, raciocínio rápido, entre outros desafios que passam os profissionais já no mercado de trabalho. Mesmo sem o básico do curso de Direito, eles foram em busca de todas as informações para cumprir as exigências do rito de um Tribunal do Júri.
Testemunhas, interrogatório, apresentações da acusação e da defesa, com réplica e tréplica, votação do jurados e sentença proferida pelo juiz estiveram no script, assim como a cobertura da imprensa.
Na sentença real do caso, o réu foi condenado a 15 anos de prisão. Na sentença do Mock Trial do Colégio Acadêmico, a defesa conseguiu que a pena fosse de 4 anos, o que levou a todas as partes ficarem com a sensação de dever cumprido.
“O Mock Trial é uma atividade realizada em várias escolas e notadamente nos EUA serve para aprimorar habilidades, raciocínio rápido na forma de colocação de uma tese e foi muito proveitoso a eles. Não só vai agraciar aqueles que se identificarem com a carreira jurídica, mas também a todos que estarão no mercado e precisarão se utilizar do poder do convencimento sobre um produto, um serviço, enfim. Os alunos estão de parabéns por terem se empenhado e estudado o caso para um resultado que mostrou uma desenvoltura brilhante”, disse o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, que orientou o grupo da acusação e auxiliou também a defesa.
Fotos: Diário de Justiça
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