URC em Limeira atendeu 58,8 mil, internou 2,8 mil e custou R$ 83 milhões

Após o encerramento do convênio com hospitais de Limeira para a manutenção da Unidade de Referência Coronavírus (URC), implantada em abril de 2020 para concentrar os atendimentos na cidade, a Prefeitura de Limeira prestou contas nesta semana.

Um panorama sobre a pandemia da Covid-19 até o momento, como os investimentos e as medidas tomadas, foi apresentado pelo prefeito Mario Botion na sexta-feira (7), em uma coletiva à imprensa.

A Unidade de Referência Coronavírus (URC) foi o principal ponto abordado no aspecto das medidas tomadas pela Prefeitura de Limeira durante a pandemia. Localizada em um espaço anexo ao Hospital Humanitária, a URC foi implantada em abril de 2020 em uma iniciativa de unir os hospitais públicos e particulares do município, que resultou no convênio que vigorou até setembro de 2021.

“Logo no início de 2020, fizemos as primeiras reuniões e colocamos como objetivo atender todos os nossos munícipes de maneira igual, com a mesma qualidade. Diante disso, criamos a Unidade de Referência Coronavírus, onde agrupamos os hospitais públicos e os planos privados de saúde, cada um com seus conhecimentos, para oferecer um atendimento de excelência à população”, destacou o prefeito Mario Botion.

Para a adaptação da URC em uma unidade referência para atendimento de pacientes de Covid-19, foram necessárias reformas e aquisição de equipamentos. Somente em obras, foi empenhado cerca de R$ 1 milhão e, em equipamentos, R$ 1,8 milhão. O hospital, que começou com 12 leitos, chegou a ter mais de 100, entre Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enfermaria, suporte ventilatório e observação.

Segundo o prefeito Mario Botion, o investimento que foi feito na rede de atendimento à população durante a pandemia, como a estruturação da Humanitária e a aquisição de equipamentos, ficará como legado para a cidade. “Fizemos os investimentos necessários, sempre de maneira adequada e com gestão. Agora, isso fica para a população”, comentou o chefe do Executivo.

De abril de 2020 até agosto de 2021, o custo total da URC foi de mais de R$ 83 milhões, entre recursos humanos e materiais. Nesse período, foram 2.802 internações de pacientes de Limeira e de cidades da região, como Cordeirópolis, Iracemápolis e Engenheiro Coelho, entre outras. Somente moradores de Limeira internados na URC representam 84,1% do total.

Além das internações de pacientes de coronavírus, a URC foi, ainda, porta de entrada para pacientes da doença por meio do Pronto Atendimento da Humanitária, que também passou por adaptações. Entre abril do ano passado e setembro de 2021, o PA realizou mais de 58 mil atendimentos. O pico de atendimentos foi em janeiro deste ano, quando mais de 6 mil pessoas passaram pelo Pronto Atendimento.

ARC E UPA

Outra medida adotada pela prefeitura nesse período foi a criação do Ambulatório Referência de Combate ao Coronavírus (ARC). O local realizava atendimento ambulatorial de pacientes suspeitos ou confirmados para Covid-19 e funcionava ao lado do Hospital Humanitária. O ARC foi implantado em julho do ano passado e funcionou até agosto de 2021, quando a queda de casos permitiu o encerramento.

O objetivo do ARC foi desafogar o fluxo de pacientes na unidade de referência. Enquanto funcionou, foram mais de 97,5 mil atendimentos realizados no ambulatório. A estrutura contava com cinco consultórios, salas para testagem rápida e farmácia com dispensação de medicamentos. A equipe era formada por médico e biomédico, farmacêutico, profissionais e técnicos de enfermagem, além do administrativo.

Em julho de 2021, ainda com a alta de casos e internações relacionadas à covid, a prefeitura reestruturou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Abílio Pedro para abrigar pacientes que estavam para receber alta na URC. O intuito era, novamente, aliviar os leitos da unidade de referência, que ficou por mais de um mês com 100% de ocupação em todos os setores. Em 16 de agosto, a UPA retomou o atendimento normal.

RETOMADA

Durante a coletiva, o prefeito Mario Botion também anunciou que o objetivo da administração municipal é, a partir de agora, zerar as filas de cirurgias eletivas que precisaram ficar represadas nesse período, bem como de exames. A medida vai ao encontro da desaceleração da pandemia – principalmente devido à vacinação, conforme pontuou Vitor Santos.

De acordo com o secretário de Saúde, a vacinação contra a Covid-19 foi determinante para o controle da pandemia. “A vacinação representou uma luz no fim do túnel e agora estamos mais próximos do fim dele. Contudo, ainda é preciso manter os cuidados que já conhecemos”, ressaltou Santos. O prefeito complementou: “as pessoas devem continuar usando máscara, evitar aglomerações e higienizar as mãos”, reforçou Botion.

ENTREGAS

Um outro aspecto lembrado pelo prefeito Mario Botion foram as entregas realizadas, principalmente na área da saúde, mesmo durante a pandemia. “A vida da população e a necessidade dos serviços públicos continuam, e seguimos nesse período atendendo aos munícipes, fazendo os investimentos nas áreas que precisavam, como a reforma da Policlínica, a reforma da UBS Abílio Pedro e tantos outros serviços”, descreveu.

TRANSPARÊNCIA

O chefe do Executivo também salientou que, desde o ano passado, em todas as segundas-feiras, o Grupo Técnico de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus se reuniu para acompanhar o avanço da pandemia em Limeira e as medidas que precisavam ser tomadas. “Esse grupo, formado pelos diretores técnicos dos hospitais e pela Secretaria de Saúde, fez a coordenação desse trabalho”, citou Botion.

Ele ainda observou que todas as informações relacionadas às receitas e despesas da pandemia estão disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de Limeira (www.limeira.sp.gov.br/portal-transparencia). Os boletins e decretos municipais, além das informações sobre a vacinação, também podem ser acompanhados pelo site da prefeitura (www.limeira.sp.gov.br/coronavirus).

Durante a coletiva, o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, fez um histórico sobre o avanço da pandemia desde o ano passado e apresentou o atual cenário epidemiológico de Limeira. “Pela última móvel medida, em 3 de outubro, temos 114,3 notificações, 18,6 casos confirmados e 0,4 óbitos. Pela média móvel de sete dias, são os menores patamares deste ano”, enfatizou.

Foto: Renata Reis/Diário de Justiça

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