A Justiça de Limeira absolveu nesta segunda-feira (21) um limeirense preso em agosto do ano passado e que se tornou réu por tráfico de entorpecentes. A defesa dele, feita pelos advogados José Renato Pierin Vidotti e Letícia Negrucci Euphrosino, conseguiu provar que não havia ligação entre o acusado e os entorpecentes apreendidos.
No ato da prisão, que ocorreu nas imediações do Jardim Odécio Degan, policiais informaram que faziam patrulhamento quando viram o réu perto de um veículo. Era início da noite, os agentes fizeram a abordagem e encontraram R$ 387 com ele. Perto de onde ele estava, foram localizadas sete porções de maconha e nove pedras de crack, que, segundo a denúncia, teriam sido descartadas pelo réu.
Porém, em juízo, o rapaz negou veementemente o envolvimento no crime e também disse que não era viciado em entorpecentes. A defesa citou que ele não estava em posse da droga e que o dinheiro era fruto do movimento de vendas no trailer de espetinhos onde trabalhava. O valor era para comprar carne com o valor apreendido. Uma testemunha da defesa confirmou a versão do réu.
A ação penal foi analisada pela juíza Graziela da Silva Nery Rocha, da 2ª Vara Criminal de Limeira, que a julgou improcedente. “Muito embora seja possível que o acusado estivesse no local no exercício da traficância, o fato é que os entorpecentes não foram localizados em sua posse e os policiais se mostraram hesitantes em seus depoimentos quanto ao fato de ter o acusado dispensado o invólucro e o exato local em que foram achados os entorpecentes. Além disso, o acusado também apresentou justificativa verossímil quanto a origem lícita da quantia em espécie apreendida em sua posse, sendo sua versão referendada pela declaração da testemunha”, citou na sentença.
Para a magistrada, a prova nos autos não foi suficiente para condenar o réu, que foi absolvido. Cabe recurso à decisão.
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