Parque linear no Vale do Tatu esbarra na linha férrea e galerias em Limeira

Em resposta a requerimento do vereador Dr. Júlio César Pereira dos Santos (União Brasil), a Prefeitura de Limeira informou que não há estudos em andamento para revitalização do Vale do Tatu, em especial o trecho na região da Rua Capitão Bernardes, no Centro. A ideia de um parque linear demandaria ações complexas, hoje descartadas pelo Executivo.

Há muitos anos, a região é marcada pelo abandono de imóveis, fraca movimentação de comércio e público, além de questões de insegurança. Por conta disso, o parlamentar apresentou requerimento na Câmara Municipal, no final de março passado, com vários questionamentos ao Executivo e sugestões.

Uma delas é a viabilidade de se implantar um parque linear a partir da área entre as ruas Presidente Roosevelt e Capitão Bernardes, margeando o Ribeirão Tatu, principal leito d’água de Limeira. “[É] essencial que a Administração Pública tenha um olhar especial voltado àquela área. Iniciativas como as da Prefeitura de São Paulo, que vem implantando parques lineares como forma de revitalizar as margens de seus rios, devem ser seguidas. É o caso do Parque Linear Bruno Covas, projetado para ir da ponte João Dias até a marginal Tietê, cuja proposta é aproximar a população do Rio Pinheiros, um símbolo da capital paulista, e integrar áreas verdes da cidade”, apontou Dr. Júlio.

O secretário de Urbanismo em Limeira, Matias Razzo, informou, em ofício, que a sugestão não é tão simples. Exigiria, por exemplo, a desapropriação de imóveis remanescentes no local. Além disso, o projeto teria que ser compatível com os trilhos da linha férrea. Um empecilho é a área fica próxima do pátio de manobras de locomotivas, que exige segurança específica. Outro problema é o sistema de drenagem a céu aberto que vem das galerias de esgoto da região do Mercadão.

Dr. Júlio cobrou, também, a previsão de requalificação urbana do Baixo Centro e o Vale do Tatu, que consta no Plano Diretor de 2009. Para ele, é necessária a elaboração de um planejamento estratégico de grandes proporções e custo elevado para a efetiva implantação. Sobre este ponto, Matias informou que não há estudos para revitalização da região. O Plano Diretor passará por revisão após estudos iniciados neste ano.

Foto: Reprodução/Google

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