Em julgamento realizado na quinta-feira (2/5), o Tribunal do Júri de Limeira (SP) condenou a 11 anos e oito meses de prisão L.B.M., acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-namorada.
O crime foi precedido de perseguição, como consta na denúncia, de dezembro de 2021 a 8 de setembro de 2022. Entre as ameaças estavam a física e a psicológica, com invasão e de privacidade e perturbação da liberdade da mulher até que um dia, no Jardim Colina Verde, quando a mulher retornava do trabalho, o réu estava de prontidão, atingindo-a com uma faca no peito, perfurando o pulmão.
Em seguida, ele pediu para que ela lhe entregasse sua bolsa e seu celular. A vítima deixou cair no chão, momento em que gritou por socorro e o réu fugiu. Ela foi acolhida numa igreja e socorrida pela comunidade, que a levou até o hospital.
O MP defendeu as qualificadoras do crime: razões da condição de sexo feminino, motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, o homem tentou matar a ex-namorada causando-lhe ferimentos graves.
Durante a instrução processual, quando o homem afirmou que não se lembrava do ocorrido e informou à época dos fatos era dependente químico, mas que nunca a ameaçou, foi apensado também incidente de sanidade. O laudo foi no sentido de que, ao tempo da conduta, o réu era plenamente capaz de entender o caráter ilícito do fato.
Os argumentos do réu e a tese defensiva não convenceram os jurados integrantes do Conselho de Sentença. O homem foi considerado culpado e o presidente do Tribunal do Júri, juiz Rogério Danna Chaib, sentenciou-o.
Com a pena de 11 anos e oito meses de prisão, ele deverá permanecer na prisão onde está e poderá apelar ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Foto: Diário de Justiça
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