”Não houve violação do decreto”, diz padre Júlio Barbado na delegacia de Limeira

O padre Júlio Barbado, da Paróquia Jesus Cristo Bom Pastor, no Jardim do Lago, em Limeira, prestou depoimentos no plantão policial de Limeira acompanhado da advogada Brenda Lombardi. Ao delegado William Marchi, o líder religioso afirmou que não houve descumprimento de qualquer decreto. Barbado também divulgou áudio com sua versão sobre os fatos (confira no vídeo abaixo).

Como mostrado pelo DJ (veja aqui), houve uma denúncia de aglomeração de pessoas no templo e agentes da Vigilância Sanitária foram ao local para checar, acompanhadas de guardas civis municipais. O padre optou em ir à delegacia para prestar esclarecimentos.

Marchi ouviu a versão das duas partes, ou seja, dos servidores públicos e dos padres. Os GCMs disseram ao delegado que uma denúncia levou a fiscalização ao local, onde havia cerca de 30 pessoas e, dessa forma, conforme eles, havia descumprimento dos decretos municipal e estadual.

Ainda na versão dos agentes, foi orientado ao padre que o templo fosse fechado, mas Barbado não aceitou, permitiu que mais pessoas entrassem e alegou perseguição religiosa. Foi quando os GCMs e as agentes da vigilância avisaram que todos precisariam ir para a delegacia e o padre aceitou.

VERSÃO DO PADRE
Ao delegado, Barbado informou que não violou nenhum decreto e que o templo estava aberto para preces individuais, e com todos os cuidados necessários, sem cerimônias e atendimento com o pároco.

Afirmou também que a igreja tem capacidade para 800 pessoas e que, no momento da fiscalização, havia 20 pessoas distantes umas das outras e pontuou que, caso necessário, há filmagens do local. Barbado disse ainda que em nenhum momento questionou a autoridade dos agentes e que pediu para que lhe mostrassem o decreto que, em tese, estaria descumprindo. Após negativa, preferiu continuar com o templo aberto.

Marchi registrou o caso como não criminal e cópia do boletim de ocorrência será remetida ao 4º Distrito Policial, para melhor elucidação dos fatos. Após deixar a delegacia, o padre retornou à igreja para realizar a celebração on-line da Paixão e morte na cruz, às 15h.

EVENTOS EM TEMPLOS
O decreto em vigor durante a fase emergencial não impede o fechamento de igrejas, que são reconhecidas como atividades sociais por meio de lei municipal e decreto estadual. No dia 11 de março, ao anunciar a fase mais restritiva, o Governo Estadual suspendeu a liberação para realização de cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas.

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