Mais um caso de agressão gratuita a um animal chega à Justiça de Limeira. Desta vez, a ocorrência foi em Iracemápolis, no Jardim Alcides Modenez, em julho de 2019.
O promotor de Defesa do Meio Ambiente, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, descreveu na ação penal movida nesta terça-feira (16) os atos que se enquadram no crime definido no artigo 32, da Lei nº 9.605/98: maus tratos. Conforme a denúncia, o homem estava em praça para consumir espeto. O animal se aproximou e foi para debaixo da mesa, momento em que ele “se incomodou com a presença da cachorra, ocasião em que desferiu chutes com força”, descreve. Relatos apontam que a cachorra correu para debaixo de um veículo estacionado em frente.
Ao ser abordado pelas pessoas que estavam próximas sobre a agressão, o homem pediu a conta e saiu imediatamente em direção ao veículo onde a cadela se refugiou. Diz a denúncia que o homem ligou o carro e passou por cima do animal.
A situação causou indignação e alguns anotaram as placas do veículo. A cachorra saiu machucada, mancando e recebeu atendimento. Ela sobreviveu mas, conforme uma cuidadora de animais também ouvida nos autos, tem dificuldade para andar e não deixa mais que as pessoas se aproximem.
Na esfera policial, o agressor foi ouvido. Ele confirmou que chutou a cachorra para que ela saísse de perto, mas diz que não viu que ela foi para debaixo do carro e que não prestou socorro porque não ouviu e nem percebeu nada.
Atualmente, no entanto, o homem encontra-se foragido, de acordo com o MP. Trata-se de crime de menor potencial ofensivo, o que permite proposta de transação penal, mas sem êxito na localização do homem, a denúncia criminal contra ele foi feita à Justiça.
Agora, o juiz analisará o caso para recebimento da denúncia e posterior instrução processual. O crime não permite pedido de prisão preventiva.
Foto: Renata Reis/Diário de Justiça
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