Vítimas que caíram em armadilhas, após negociações de bens via aplicativos que se revelaram fraudes, podem amenizar os prejuízos se agirem rapidamente. A Justiça de Limeira tem acatado pedidos de liminares para bloqueio das contas para onde foi transferido o dinheiro.
Neste mês, uma mulher de Limeira, após negociar com o suposto proprietário de uma motocicleta por meio dos aplicativos Facebook e WhatsApp, transferiu R$ 3 mil para a aquisição do veículo. Após a operação financeira, no entanto, a pessoa parou de responder às mensagens e a bloqueou no WhatsApp.
Diante da situação, ela registrou um boletim de ocorrência e, como se tratava de uma conta em um banco digital, ela não conseguiu contatar a instituição para bloquear o pagamento. O proprietário da conta é morador no interior do Rio Grande do Sul.
A saída encontrada foi a judicial. Advogada do caso, Patricia Viviane Bueno Rodrigues pediu, cautelarmente, o bloqueio de bens identificados no CPF da pessoa que recebeu o dinheiro. Nesta segunda-feira (24/05), o juiz Marcelo Ielo Amaro, da 4ª Vara Cível de Limeira, concedeu tutela provisória para bloqueio no valor de R$ 3 mil.
No início do mês, a advogada também cuidou de caso semelhante e que rendeu prejuízo ainda maior. Um limeirense também negociou, via Facebook Marketplace e WhatsApp, a compra de um veículo em cerca de R$ 65 mil. Da mesma forma, ele constatou que o dinheiro caiu na conta indicada, mas não caía na conta do dono do veículo, que estava junto com ele esperando o depósito para fazer transferência.
A pessoa com quem conversava nos aplicativos o bloqueou em seguida. O banco da conta também era digital. O estelionatário transferiu o dinheiro combinado para um conta pertencente a uma mulher residente no Estado do Mato Grosso (MT). O bloqueio dos bens no nome desta mulher foi determinado pelo juiz Lucas Eduardo Steinle Camargo, no último dia 8.
Patricia explica que, quanto mais rápido a vítima agir, mais chance ela tem de reembolso. Como as liminares têm sido concedidas nestes casos de golpes, a chance de recuperação de pelo menos parte desse dinheiro aumenta.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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