Em 11 compras de supermercado, o mesmo procedimento: o cliente fazia as operações por meio de cartões em nome de terceiros e, após receber as mercadorias, contestava e provocava o estorno. A fraude, contudo, foi descoberta no dia 7 e, no último dia 18, a Justiça de Limeira (SP) abriu ação penal por estelionato.
A denúncia foi apresentada pela promotora substituta Raissa de Oliveira Martins Domingos. A investigação apontou que as operações fraudulentas ocorreram entre 23 de novembro de 2023 e 7 de março deste ano. As compras eram feitas no nome da companheira de J.B.C.. Com as contestações posteriores, as instituições financeiras estornavam a cobrança e deixavam o mercado no prejuízo.
No dia 7, um funcionário do estabelecimento identificou nova compra no valor de R$ 632,27 e, ciente do histórico, comunicou a Polícia Militar. Quando o entregador chegou na residência, foi J. que atendeu para receber as mercadorias. Ele só não contava que os PMs também estavam por lá.
A companheira de J. confirmou que era ele quem fazia as compras e liberou a entrada dos agentes na casa. No local, os policiais encontraram 27 cartões bancários, sendo que 4 estavam no nome da mulher, 10 em nome do acusado, 9 em nome de terceiros e outros 4 estavam sem nome.
Aos PMs, ele admitiu que adquiria os cartões por meio do Telegram, por R$ 15 cada. A investigação apontou que as sucessivas compras e estornos deixaram prejuízo de R$ 6.196,74 ao supermercado. Todas as compras foram feitas pela internet e entregues ao acusado. Além do estelionato, a promotora denunciou J. por possuir seis cartuchos íntegros e um deflagrado. As munições estavam dentro do guarda-roupa da casa.
O juiz da 1ª Vara Criminal, Rogério Danna Chaib, recebeu a denúncia e determinou a citação do réu, que está preso. Ele não recolheu a fiança de R$ 5,2 mil imposta durante a audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada.
Foto: Pixabay
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