Apostadora em jogo de azar em Limeira vai responder na Justiça; multa varia de R$ 2 mil a R$ 200 mil

A exploração de jogos de azar em local público ou acessível às pessoas é contravenção penal que não penaliza apenas o responsável em oferecer as apostas. Quem é encontrado participando do jogo, seja na internet ou em qualquer outro meio de comunicação, como apostador, também responde, conforme alteração feita pela Lei 13.155/2015.

Foi o que aconteceu com uma apostadora de Limeira, que foi denunciada no último dia 9 de março pelo Ministério Público (MP). Ela vai responder pelo artigo 50, § 2º, da Lei das Contravenções Penais, que prevê multa que varia de R$ 2 mil a R$ 200 mil por ter sido flagrada fazendo aposta em jogo ilegal.

O caso aconteceu em 12 de novembro de 2019. Por volta das 14h daquele dia, policiais militares foram até um bar localizado no Parque Nossa Senhora das Dores e encontraram seis máquinas. A perícia constatou que cinco delas eram caça-níqueis, ou seja, o ganho não dependia da sorte do jogador e era passível de manipulação.

No local, havia várias pessoas realizando apostas nas máquinas, entre elas uma mulher. Dentro do maquinário, foi encontrada a quantia de R$ 1.066. O laudo pericial concluiu que os equipamentos eram dedicados a jogo eletrônico sorteador de resultados.

Três pessoas foram investigadas. Contra um apostador, o MP ofereceu transação penal, consistente no pagamento de R$ 300 destinados ao Fundo Municipal de Saúde. A proposta foi aceita, o valor foi quitado e, no início deste mês de março, o juiz Marcelo Viera, do Juizado Especial Criminal (Jecrim), extinguiu sua punibilidade.

O proprietário do bar foi denunciado pelo artigo 50 da Lei de Contravenções Penais, pelo crime de exploração de jogo de azar, com pena de prisão simples, de três meses a 1 ano, além de multa.

À Polícia Civil, ele disse que as máquinas caça-níqueis foram deixadas no bar por um desconhecido, com a sua autorização. Não sabia quem era o proprietário do maquinário. Afirmou que recebia uma pequena porcentagem dos valores arrecadados com os jogos, mas disse não saber quem lhe pagava, nem como a polícia poderia encontrá-lo.

A outra apostadora, também denunciada pelo MP, disse à polícia que não sabia que o jogo era ilegal. Naquele dia, estava no local apenas para beber com as amigas e resolveu jogar. Como ela não foi localizada pela Justiça, sua citação para tomar ciência da denúncia será feita por meio de edital.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.