O desembargador Laerte Marrone, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), indeferiu liminar, pedida pela Defensoria Pública, e manteve na prisão o motorista, de 36 anos, acusado de cometer o feminicídio de Samara Schultz Cândido, sua esposa, na noite do último domingo (16/05) em Limeira.
Acusado de homicídio, ele está preso preventivamente pela Justiça de Limeira. A Defensoria ingressou habeas corpus (HC) no TJ pedindo a revogação da prisão, apontando que não há dados que demonstrem que a liberdade dele venha causar prejuízo à segurança social, à eficácia das investigações e à execução de eventual sentença condenatória.
A Defensoria alegou que não se sabe o motivo das circunstâncias do caso, que está sob investigação. “Aparentemente o foi por conta de uma investida da própria vítima com uma faca contra o autuado, a conduta se desencadeou no calor de grande emoção, em contexto de provável briga, daí não se extraindo possibilidade de reiteração futura”, apontou no HC.
O desembargador, porém, entendeu, em despacho assinado na quarta-feira (19/05), que há indícios de que o marido cometeu o feminicídio contra a própria companheira, de 35 anos, por meio de diversos golpes de faca. A princípio, o magistrado diz que a situação indica que se trata de uma pessoa perigosa, de modo que a prisão cautelar é a garantia da ordem pública. No decreto de prisão preventiva, foi citado, inclusive, o relato da irmã da vítima, no sentido de que foi ameaçada de morte pelo homem depois dele já ter vitimado Samara.
Agora, o desembargador solicitou informações da Justiça de Limeira e, depois, o HC será julgado em seu mérito. O caso chocou em Limeira. O crime ocorreu na residência do casal, no Jd. Boa Esperança. Ele foi encontrado por policiais militares no quintal da residência, chorando. Disse que se defendeu após Samara ter pegado uma faca durante uma briga entre os dois. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
Foto: Reprodução
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