O Ministério Público (MP), por meio do promotor Renato Fanin, denunciou três pessoas, dois homens e uma mulher, por associação criminosa para cometerem crimes patrimoniais. O caso envolve o aluguel de um veículo em locadora de Limeira, que depois foi encontrado já em desmanche em Campo Grande (MS).
O veículo, um Fiat/Cronos, avaliado em mais de R$ 80 mil, pertencente à locadora, foi transportado para outro Estado.
No dia 14 deste mês, por volta das 13h, um dos homens foi até a Delegacia de Polícia de Iracemápolis, comunicar a ocorrência de crime e provocou a ação das autoridades policiais. Durante as investigações foi descoberto que este homem, os dois denunciados junto com ele, e outros ainda não identificados, de forma estável e permanente, se associaram para o cometimento de crimes de furto e receptação de veículos, “por vezes obtendo sua posse mediante a locação fraudulenta dos bens junto a empresas especializadas no aluguel de automóveis, com o prévio intento de subtração dos veículos, para posterior entrega a receptadores de outros Estados da Federação, ludibriando as empresas-vítimas com o registro de boletim de ocorrência noticiando falsamente o roubo dos carros alugados”.
O que buscou “ajuda” da polícia, foi preso em flagrante e, no dia 15, em audiência de custódia, o juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, converteu em prisão preventiva dada a gravidade do caso e o perigo à ordem pública.
As investigações apontaram que o que foi à polícia, e depois foi preso, contrataria a locação automóvel em seu nome. Em contrapartida, receberia R$ 2 mil. Na sequência, o segundo homem conduziria o automóvel com destino à cidade de Campo Grande, local previamente combinado para entrega do bem aos receptadores. Foi incumbido ao primeiro a tarefa de comparecer a uma delegacia de polícia e comunicar falsamente que o veículo teria sido roubado, visando, com isso, camuflar o furto praticado pelos denunciados.
A encomenda para o comércio clandestino
O segundo homem e a mulher levaram o primeiro, no dia 13, até a locadora de veículos. Ele contratou a locação, mas indicou o segundo como motorista habilitado para conduzir o automóvel, alegando que não possuía carteira de habilitação. Após obterem a posse do Fiat/Cronos, o veículo foi levado e entregue à pessoa que havia previamente encomendado a compra do carro.
Posteriormente, o Fiat/Cronos foi localizado pela polícia local numa oficina, já parcialmente desmontado, com vistas à comercialização clandestina de suas peças.
Após a entrega do veículo no destino, a mulher transferiu para a conta bancária do primeiro a quantia de R$ 1,9 mil pelo cumprimento parcial da tarefa. A conclusão seria com o comparecimento à delegacia, onde ele disse ter sido vítima de um roubo quando tentava levar sua avó até a cidade de Campinas.
Os policiais suspeitaram da história desde o início e, em consulta pelo sistema de monitoramento de veículos, o Detecta, constataram a falta de veracidade nas alegações do denunciado. O veículo passou pela Rodovia Marechal Rondon, sentido oeste, e não em direção a Campinas.
Ao ser confrontado, ele acabou confessando informalmente aos policiais o furto praticado em concurso com o casal. Foi aí que foi preso em flagrante.
Com autorização judicial, o celular dele foi apreendido e todas as mensagens trocadas com o casal confirmaram o plano de crime.
O que alugou e foi à delegacia foi denunciado pelo MP por associação criminosa, furto qualificado e comunicação falsa de crime. O segundo homem e a mulher foram denunciados por associação criminosa e furto qualificado.
Se o juiz receber a denúncia, todos tornam-se réus e passam a responder criminalmente.
Foto: Diário de Justiça
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