A Justiça de Limeira recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra uma moradora de Iracemápolis acusada de estelionato que envolve a compra de uma carga de cobre importada do Chile. Ela não aceitou a proposta de acordo de não persecução penal, mas ainda pode ser beneficiada com a suspensão condicional do processo.
A denúncia foi oferecida no final de novembro pela promotora substituta Raissa de Oliveira Martins Domingos. O caso aconteceu em maio de 2029. Ela e a vítima trabalham no ramo de compra e venda de sucatas. Eles fizeram um acordo, pelo qual o homem contribuiria com R$ 172,6 mil, enquanto ela intermediaria a importação da carga de cobre do Chile. Os lucros da venda seriam divididos entre ambos.
A vítima transferiu o dinheiro para a conta da empresa da mulher. Conforme a denúncia, ela nunca cumpriu o combinado, pois não apresentou a carga e tampouco devolveu o dinheiro ao parceiro comercial.
A investigação apontou que a empresária obteve vantagem patrimonial indevida, pois recebeu quantia com a promessa de reverter esse valor em lucros, o que não ocorreu, induzindo a vítima a erro.
À Polícia Civil, a empresária confirmou a transação, mas disse que agiu dentro das conformidades e também foi vítima de golpe. Esclareceu que o parceiro comercial tinha ciência do risco do negócio e concordou em investir. Ela sustentou que não teve nenhum benefício na transação.
Ao receber a denúncia nesta segunda-feira (04/12), o juiz da 2ª Vara Criminal de Limeira, Guilherme Lopes Alves Lamas, agendou audiência para 2 de fevereiro de 2024, para análise da suspensão condicional do processo. Caso a ré aceite, ela ficará obrigada a cumprir determinadas obrigações enquanto o processo fica suspenso. Após o cumprimento, o processo é encerrado.
Foto: Pixabay
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