Acusados de executar mulher após ‘tribunal do crime’ viram réus em Limeira

Cinco homens acusados pela execução de Maiara Fernanda da Silva Valério, após ela ser julgada num ‘tribunal do crime’, viraram réus perante a Justiça de Limeira. Na última semana, o juiz Rafael da Cruz Gouveia Linardi aceitou a denúncia e todos passam responder formalmente pelo crime de homicídio qualificado. A ação tramita sob sigilo na 3ª Vara Criminal de Limeira.

Maiara desapareceu no início de setembro em Limeira e seu corpo somente foi encontrado no dia 25 do mesmo mês, no bairro rural São João, em meio a um canavial, já em estado de decomposição.

O caso passou a ser apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, que descobriu que a vítima já tinha sido ‘sentenciada de morte’ por integrantes da facção criminosa PCC num tribunal do crime em Mogi Mirim, meses atrás. Porém, na ocasião, eles não mataram porque ela estava grávida. Entre essa situação e o homicídio, a garota sofreu um aborto.

A apuração feira pela Polícia Civil resultou numa operação no dia 20 do mês passado, conjuntamente com a Polícia Militar e Guarda Civil Municipal (GCM), onde foram cumpridos mandados de busca e prisão, sobretudo no Residencial Ernesto Kuhl.

ACUSADOS
Na ação penal, cinco homens constam como réus: P.F.R., B.R.S., N.F.M.A., M.D.S. e T.M.S.. Ao analisar a denúncia, Linardi considerou que há indícios suficientes da autoria do crime.

Na mesma decisão, o magistrado converteu a prisão temporária de todos para a preventiva. “Há fortes indícios de que os acusados, supostamente, são membros de organização criminosa conhecida pela sigla ‘PCC’ e foram os responsáveis por arrebatar a vítima em via pública para realizar ‘julgamento paralelo’, que vitimou Maiara Fernanda da Silva Valério, reforçando que a prisão preventiva é a medida necessária para garantir a ordem pública, tendo em vista a motivação, a periculosidade, o senso de impunidade dos acusados e a própria gravidade concreta do crime”.

Com a ação penal aberta, os réus têm prazo de dez dias, após serem citados, para que respondam às acusações.

Foto: Pixabay

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