Vereador de Limeira propõe comissão para acompanhar serviços prestados pela Hapvida

O vereador Anderson Pereira (PSDB) apresentou, nesta segunda-feira (19/10), projeto de resolução na Câmara Municipal de Limeira para criar uma Comissão de Assuntos Relevantes com o objetivo de acompanhar os serviços prestados pela operadora Hapvida na cidade, no âmbito da pandemia de Covid e no atendimento aos usuários.

O parlamentar pretende criar o grupo para levantar dados sobre o tratamento ministrado aos pacientes, especialmente em relação ao uso dos medicamentos que compõe o chamado “kit Covid”, cuja eficácia para este tipo de tratamento não tem comprovação científica; verificar a quantidade de insumos e medicamentos armazenados e disponibilizados durante a pandemia; o atendimento às resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); estudar os dados referentes aos exames solicitados pelos médicos para averiguar o quadro clínico dos pacientes, entre outras ações.

O acompanhamento foi proposto após divulgação feita pelo Jornal Nacional de que a Hapvida orientou os médicos a ministrarem os medicamentos aos pacientes. “É fundamental uma avaliação pormenorizada desta Câmara Municipal de Limeira a respeito do assunto, dando uma resposta imediata aos anseios da população”, escreveu o parlamentar.

Para a comissão ser criada, é preciso de aprovação por maioria simples do plenário. Depois, ela será formada por cinco vereadores, incluindo Anderson, que é o signatário, e tem prazo de 12 meses, prorrogável pelo mesmo período. É a presidência da Câmara que define os integrantes, respeitando a representação proporcional dos partidos.

Em nota, a Hapvida informou que a fase inicial da pandemia foi marcada por espanto e incerteza em todo o mundo, principalmente quanto à existência de vacinas ou medicamentos que pudessem tratar a doença. “No Brasil, não foi diferente. Desde essa etapa, em que pouco se sabia sobre o coronavírus, o Hapvida não mediu esforços para garantir a melhor assistência a seus beneficiários”.

Segundo a operadora, foram abertos mais de mil leitos de UTI e contratados mais de 6 mil profissionais de saúde. “Houve a compra de mais de 532 respiradores, além do aluguel de prédios para a ampliação dos espaços de internação e a aquisição de equipamentos de proteção em grande quantidade para reforçar a segurança dos profissionais. Além disso, o Hapvida e sua controladora cederam e doaram equipamentos e unidades móveis de terapia intensiva para o SUS em diversos estados. Tais investimentos ultrapassaram meio bilhão de reais”, completou.

“No passado, havia um entendimento de que a hidroxicloroquina poderia trazer benefícios aos pacientes. No melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos usuários, houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições. Nas ocasiões em que o médico acreditava que a hidroxicloroquina poderia ter eficácia, sua definição ocorria sempre durante consulta, de comum acordo entre médico e paciente, que assinava termo de consentimento específico em cada caso. Ainda assim, há meses, não se observa a prescrição dessa medicação nas nossas unidades”, citou.

“A adoção da hidroxicloroquina foi sendo reduzida de forma constante e acentuada. Hoje a instituição não sugere o uso desse medicamento, por não haver comprovação científica de sua efetividade. Mas segue respeitando a autonomia e a soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente. O Hapvida acredita na ciência. Desde o primeiro momento, defende e promove a vacinação, o uso de máscaras e as práticas de distanciamento social. A organização agradece ao empenho de seus mais de 67 mil profissionais que continuam lutando no enfrentamento dessa pandemia e reforça a todos os brasileiros seu propósito de servi-los com medicina de alta qualidade de maneira acessível”.

Foto: Câmara Municipal de Limeira

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