O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, iniciado no final de fevereiro, ainda provoca efeitos na cadeia econômica de suprimentos pelo mundo. E um deles voltou a paralisar o serviço de “tapa-buracos” mantido pela Secretaria de Obras em Limeira. É a segunda paralisação desde o início de março.
Segundo a pasta, o serviço é prejudicado pela falta de massa asfáltica, nome popular dado ao cimento asfáltico de petróleo (CAP). “A guerra entre Rússia e Ucrânia também é um problema econômico. O Brasil está com dificuldades na importação de petróleo, que é matéria-prima básica para produção da massa asfáltica”, explicou o prefeito Mario Botion, em nota.
Conforme a Prefeitura, a empresa que executa a operação “tapa-buracos” relata dificuldade de encontrar o produto nas refinarias. “Nesse momento, nossas equipes estão preparadas e aptas [para o serviço], mas essa falta de massa asfáltica prejudica o cumprimento dos cronogramas da operação para mantermos as vias públicas em ordem”, diz Botion.
A dificuldade em encontrar o material começou em março. A empresa responsável pelo serviço tem como principal fornecedor a refinaria de Paulínia (SP), que registra falta do CAP. As alternativas são as refinarias de Betim (MG) e do Rio de Janeiro, que também relatam falta do material.
No início do mês passado, Limeira precisou interromper os trabalhos pela primeira vez após o início do conflito na Europa. Na ocasião, a empresa responsável pelo serviço alertou o município sobre a instabilidade dos preços, o que poderia levar a novas interrupções. O serviço foi retomado em março, mas voltou a paralisar nesta semana.
Também no mês passado, outras cidades da região, como Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara D’Oeste, registraram interrupções em serviços de pavimentação alegando o mesmo problema, a ausência do cimento usado para a composição da massa asfáltica.
Foto: Prefeitura de Limeira/Arquivo
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