Um motorista de aplicativo ficou por meses sem seu veículo após se envolver num acidente. O carro ficou sob responsabilidade de sua seguradora que demorou para devolvê-lo. Ele recorreu à Justiça de Limeira (SP) e, em sentença na última segunda-feira (25/3), conseguiu decisão favorável e será indenizado por danos materiais e morais. O motorista foi representado na Justiça pela advogada Talyta Giovana Beck Wollinger.
A colisão do carro foi em julho de 2023 e ele, então, acionou a seguradora. No dia 10 de agosto do mês seguinte, mandou toda a documentação exigida e, em outubro, ainda não tinha uma previsão de devolução do carro, mesmo apresentando orçamentos para conserto do carro.
Depois, soube que seu carro seria levado para uma oficina em Sumaré e, por isso, teria que pagar R$ 320, mas, diante da dificuldade financeira, conseguiu arcar com R$ 250. Como era dependente do veículo para trabalhar, teve que alugar um automóvel e chegou a gastar R$ 6 mil. Ele requereu a devolução de todos os valores e indenização por danos morais, bem como a manutenção do automóvel em sede de liminar.
A Justiça concedeu liminar em novembro do ano passado, quando a seguradora providenciou o conserto e entrega do automóvel. Por conta disso, alegou em sua defesa que não teria mais motivo para o prosseguimento da ação.
No entanto, o juiz Mário Sergio Menezes, da 3ª Vara Cível, avançou com a análise dos demais pedidos e julgou a ação procedente. O magistrado considerou abusivas algumas cláusulas do contrato e acolheu os pedidos de indenização.
A empresa foi condenada a restituir em dobro os R$ 250 desembolsados para o guincho, a indenizar o motorista por danos materiais em valores que serão apurados na execução e R$ 10 mil referentes aos danos morais. Cabe recurso.
Foto: Pixabay
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