Por falta de provas, Tribunal do Júri de Limeira absolve pai da morte de bebê

O Tribunal do Júri de Limeira decidiu absolver P.M.S.C., de 47 anos, da acusação de homicídio qualificado contra a própria filha, de 2 meses. O julgamento, que durou aproximadamente 8 horas, aconteceu nesta terça-feira (10).

A defesa do réu, feita pelo advogado Alex Pellisson Massola, defendeu a falta de provas. O próprio Ministério Público (MP), responsável pela acusação, apontou a ausência de provas suficientes para a condenação. O homem foi denunciado em 14 de novembro de 2017, por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e sem chance de defesa à vítima, sua filha Raiane Drago Stefanel Chanchetti.

O caso foi em julho de 2014 na residência da família, na Vila São Cristovão. A denúncia apontou que, em razão dos choros reiterados do bebê, normais para a idade, o pai a agrediu de forma contundente, de modo a causar-lhe fraturas no fêmur esquerdo e clavícula esquerda, além de traumatismo crânioencefálico.

Os ferimentos causaram afundamento do crânio da menina. Na instrução do processo, a cunhada relatou que o acusado lhe disse que havia derrubado a vítima quando foi pegá-la do bebê conforto que estava no sofá e, com a queda, a criança bateu a cabeça. Somente no dia seguinte o homem lhe disse que a filha estava mal e iria morrer. Dois dias depois, ela soube que a criança faleceu.

A mesma versão da retirada da criança do bebê conforto foi relatada pela mãe da menina, que não presenciou os fatos. A criança foi levada imediatamente para o hospital, onde foi atendida e liberada com um “galo” na cabeça. Dois dias depois, a filha teria passado mal porque se engasgou com leite e foi levada ao hospital. Ela afirmou que o marido nunca agrediu os filhos.

O réu também alegou que era zeloso e que a criança escorregou do bebê conforto, tendo levado a filha para o hospital. Depois que ela foi liberada, não chorava e ficava enrolada no cobertor. Disse que a levou ao hospital porque ela estava com a boca roxa.

Em junho de 2019, o juiz Wander Benassi Junior determinou a pronúncia do acusado para julgamento perante o júri popular, que teve início na tarde desta terça-feira e terminou por volta de 22h30. Médicos e outros profissionais que atenderam a criança também foram ouvidos.

Foto: Pixabay

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