PM de Limeira descobre “golpe do seguro”; entenda o impacto desse crime na sociedade

O “golpe do seguro”, quando a pessoa simula a subtração do veículo para receber o valor da seguradora, ainda ocorre e pode chegar a cerca de 20% dos casos de furtos dos automóveis no estado de São Paulo, como explica o capitão Costa Pereira, que comanda a 5ª Cia. da Polícia Militar em Limeira. Neste final de semana, os policiais Brito e Neves, da unidade, descobriram um caso suspeito dessa modalidade, que pode ter consequências judiciais na esfera criminal para quem participa. Mesmo quem não tem nada a ver com o crime, pode ser penalizado, com o reflexo no aumento do valor do seguro e também com o esforço policial para apurar um falso delito.

O automóvel em questão é um Corsa de cor preta, que era ocupado por um rapaz abordado na Avenida Pedro Elias. Questionado sobre a procedência do automóvel, o motorista afirmou que tinha comprado pela manhã e disse o apelido do vendedor.

Como automóvel tinha registro de furto, o ocupante foi conduzido até a delegacia e a proprietária foi comunicada da recuperação de seu automóvel. Diante dos policiais, a dona do carro apresentou nervosismo e descreveu que o sobrinho confessou para ela que arquitetou o furto para receber o dinheiro do seguro. A moça, até então, pensou que o automóvel tinha sido levado por ladrões.

A Polícia Civil ouviu a versão de todos e, pelos depoimentos, ficou confirmado que tratava-se de uma tentativa de golpe do seguro. O sobrinho da suposta vítima confirmou que a tia desconhecia a armação. O homem que pegou o carro com o sobrinho e negociou para o motorista abordado na Pedro Elias também esteve na delegacia.

Ao término da ocorrência, a Polícia Civil qualificou o motorista como investigado por receptação. O sobrinho da proprietária do Corsa e o homem que fez a negociação foram qualificados por estelionato. A mulher será investigada, pois os policiais irão apurar se realmente ela não teve participação. Todos foram liberados.

O prejuízo é para todos

Costa Pereira explicou que, nessas situações, ou seja, nos golpes do seguro, a consequência vai além da responsabilização dos envolvidos nos crimes. Todos, de alguma forma, têm prejuízo. “Quanto mais golpes do seguro ocorrem, maior é o valor do seguro do veículo. A polícia é enganada, a seguradora é enganada e todos que pagam seguro têm prejuízo”, descreveu.

O capitão também mencionou que os crimes falsos consomem o trabalho policial, que dispensa atenção para um delito que não existiu. “Além disso, atrapalham os indicadores criminais e prejudicam as metas estipuladas”, finalizou.

Foto: Divulgação

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