O sistema de mobilidade urbana de Cordeirópolis será planejado e administrado a partir de um plano que vai orientar as ações públicas na questão de serviços, infraestrutura viária e transporte de pessoas. Este é o principal objetivo do projeto de lei protocolado na Câmara Municipal nesta quinta-feira (05/05) pelo prefeito Adinan Ortolan (MDB).
A propositura cria o Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Cordeirópolis, medida que foi implementada em Limeira recentemente, antes da abertura da licitação do transporte coletivo. O planejamento deve atender as necessidades atuais e futuras da mobilidade local, sempre de acordo com as diretrizes da Lei 12.587/12 (Política Nacional de Mobilidade Urbana) e o Plano Diretor de Cordeirópolis (Lei Complementar 177/2011).
Na justificativa, Adinan cita que o plano foi elaborado após estudos minuciosos e vários levantamentos de informações, incluindo pesquisa de origem e destino. “[O procedimento] permitiu um diagnóstico abrangente das condições de circulação da cidade e a utilização dos vários modos de transporte, bem como embasou a reformulação do sistema de transporte público coletivo”, aponta o prefeito.
O transporte coletivo voltou a ser oferecido pela Prefeitura em 1º de abril de 2019, na gestão de Adinan, após um hiato de 11 anos. A empresa G10 é a responsável pelo serviço e atua com dois veículos. Atualmente, o número de transportados por mês, em média, é de 3.222 passageiros, em um total de 3.300 km percorridos. Há 473 pessoas idosas com gratuidade. A maioria utiliza o serviço por meio do vale-transporte (2.076).
O plano coloca o transporte coletivo como prioridade sobre o individual motorizado. Assim, a intenção é, em 8 anos, aumentar em 10% a participação dos ônibus na matriz de deslocamento da população de Cordeirópolis. Hoje, com a pandemia, a Prefeitura subsidia o serviço no valor de R$ 15.804,65 por mês. O custo atual das passagens é de R$ 3,80.
Em segurança viária, a Prefeitura põe como meta reduzir em 50% o número de acidentes na área urbano na próxima década. Dados do SAMU, relativos a 2018, mostram que 87,5% dos óbitos no trânsito ocorreram em vias municipais de Cordeirópolis, e o restante em rodovias que cortam a cidade.
Caso seja aprovado pelos vereadores, o Plano de Mobilidade Urbana de Cordeirópolis terá vigência pelo período de 2022 a 2032. O plano foi apresentado à população em audiência pública realizada em 6 de abril. O projeto passará pela análise jurídica do Legislativo e, em seguida, será votado pelos vereadores em plenário.
Foto: Prefeitura de Cordeirópolis/Arquivo
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