Justiça de Limeira abre ação penal contra acusado de atear fogo e matar companheira

O juiz da 3ª Vara Criminal de Limeira, Rafael da Cruz Gouveia Linardi, recebeu o aditamento pedido pelo Ministério Público (MP) e abriu ação penal contra M.S.S., que responderá pelo crime de feminicídio. Ele é acusado de ter ateado fogo e provocado a morte da própria companheira, Mirian da Silva Cunha, em crime ocorrido na manhã de 25 de dezembro de 2021, dia de Natal.

Conforme o DJ mostrou, Mirian permaneceu internada e morreu em 20 de janeiro deste ano, aos 35 anos. Naquele mesmo dia, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o homem, mas por tentativa de feminicídio. Após ser informada do óbito da mulher, a promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti fez um aditamento à denúncia, alterando a imputação para feminicídio consumado. Com isso, o recebimento pela Justiça, ocorrido no último dia 23 de março, oficializou a abertura da ação penal.

O caso ocorreu na manhã de Natal, na rua Dr. Arlindo Justo Baptistella, na região do Jd. Colina Verde. O homem e a mulher mantinham relacionamento amoroso havia aproximadamente 3 anos e tinham um filho. No entanto, as brigas eram constantes, com registro anterior de violência doméstica.

O casal estava na residência e bebia. Por volta das 7h50, o homem se exaltou e pegou o celular da mulher, se negando a devolvê-lo. Com isso, ela pegou um querosene e ameaçou atear fogo no homem caso não devolvesse o objeto.

Nisso, M. teria tomado o querosene das mãos da mulher e, em seguida, jogou o líquido inflamável no corpo e no rosto da companheira. Na sequência, ele acionou o isqueiro e ateou fogo na vítima.

As chamas atingiram a rosto e a região lateral do corpo da mulher, causando-lhe diversos ferimentos. Socorrida até o hospital, ela permaneceu internada na ala de queimados da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu quase um mês depois.

A Guarda Civil Municipal localizou o acusado no quarto e o prendeu em flagrante. À Polícia Civil, M. negou ter ateado fogo na mulher, dizendo que ela se queimou sozinha, pois faz isso para aparecer.

Preso, o acusado responde ao crime com quatro qualificadoras: crime cometido contra mulher, motivo fútil, emprego de meio cruel (fogo) e sem chance de defesa à vítima. A promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti pede que M. seja pronunciado, ou seja, julgado por júri popular em razão de ter sido crime doloso contra a vida.

Foto: Pixabay

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