Júri de Limeira condena a 16 anos de prisão acusado de matar por dívida de lanche

O Tribunal do Júri de Limeira condenou a 16 anos de prisão, em regime inicial fechado, R.P.A., de 25 anos, acusado de matar a facadas Allan Antônio da Silva, de 29 anos, em maio de 2021, após confusão por causa de lanche. O irmão do réu devia para a vítima.

Os jurados entenderam que o homicídio foi duplamente qualificado: por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento, presidido pelo juiz Rogério Danna Chaib, aconteceu nesta quinta-feira (18).

Em interrogatório, o réu não negou os fatos, mas afirmou que defendeu-se. R. alegou que Allan começou a briga com uma garrafada em seu rosto, momento em que ele deu a facada para se defender, não tendo a intenção de matá-lo. Justificou que tentou deixar o local dos fatos porque tinha medo da reação dos amigos da vítima.

O crime aconteceu no Parque Nossa Senhora das Dores. O irmão de R. foi ao estabelecimento de Allan, comprou um lanche e pagou a vítima com um cheque de R$ 200. O lanche custou R$ 85. Ficou combinado que, posteriormente, seria devolvido o troco ao consumidor, que três dias depois retornou ao comércio e pegou o cheque de volta, já que Allan ainda permanecia com ele. Com isso, a dívida de R$ 85 ficou aberta.

O Ministério Público apontou que no dia anterior ao crime e em razão da demora do pagamento da dívida, a vítima foi até um bar onde estavam R. e seu irmão e se apropriou de uma bicicleta pertencente ao devedor, como forma de garantia da dívida. O ato provocou uma discussão entre o réu e a vítima e, no dia seguinte, ambos se encontraram, começaram a discutir, se enfrentaram e Allan foi golpeado com uma faca. R. foi preso pouco depois pela Polícia Militar. Ele respondeu ao processo preso e permanecerá desta forma para recorrer da sentença ao Tribunal de Justiça (TJ).

Foto: Diário de Justiça

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