Juiz decreta prisão preventiva de homem que chutou pitbull amarrada em Limeira

O juiz da 3ª Vara Criminal de Limeira (SP), Rafael da Cruz Gouveia Linardi, decretou a prisão preventiva de S.A.M.B., de 30 anos, acusado de praticar maus-tratos contra um filhote de pitbull. Ele foi detido na noite da última quinta-feira (29/2). As agressões foram registradas em vídeo.

O caso aconteceu na Av. Fausto Esteves dos Santos, no Cecap. No início da noite, a equipe do Departamento de Proteção do Bem-Estar Animal da Prefeitura de Limeira foi resgatar uma cachorra que estaria em situação de maus-tratos e pediu acompanhamento da Polícia Militar. O órgão teve acesso a um vídeo que mostra o animal amarrado e agredido por um rapaz com chutes.

S., morador no local, foi questionado e alegou que a cadela estava bem. Em seguida, a equipe exibiu as imagens e ele relatou que chutou o animal, pois ele não o obedecia. Os PMs entraram no imóvel e localizaram a cachorra amarrada com uma corda curta, no mesmo local em que aparecia no vídeo. A pitbull tinha ferimento no olho e foi encaminhada para exames veterinários.

Os maus-tratos foram constatados e S. foi levado ao plantão policial, sendo preso em flagrante. No depoimento, relatou que amarrou a cachorra porque ela começou a “comer coisas”, como o tênis. Afirmou que estava arrependido de tê-la chutado.

Na sexta-feira (1/3), durante audiência de custódia, o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua levou em conta o relatório que apontou evidências da agressão e maus-tratos contra o animal. O acusado é reincidente e estava em fase de cumprimento de pena. “A conduta do indiciado é merecedora de grande reprovação, notadamente por atentar contra animal doméstico indefeso e, ainda, amarrado. Agredir um animal irracional desta forma denota personalidade voltada para o crime e evidente periculosidade”, afirmou o promotor, que pediu a decretação da prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

O pedido foi aceito pelo juiz. “A manutenção do cárcere se faz necessária, à medida que, em se tratando de crime de evidente repercussão social, já que reconduz à barbárie da vida em sociedade, a concessão da liberdade ao indiciado invariavelmente colocaria em risco a ordem pública”, anotou Linardi.

O relatório final já foi entregue pela Polícia Civil. O caso segue para análise do Ministério Público (MP), que pode oferecer denúncia para abertura da ação penal.

Foto: Freepik

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