Dia Internacional da Internet Segura sugere atenção contra as fraudes

por Enrico Gutierres Loureço

A internet se encontra enraizada na vida de grande parte da população mundial e proporciona uma enorme rede de conexões entre os usuários, sejam eles pessoas físicas, empresas ou instituições públicas.

Com o objetivo de promover uma utilização mais consciente e responsável, a organização europeia Insafe criou o “Dia Internacional da Internet Segura”, comemorado nesta terça-feira, 8 de fevereiro. Anualmente são criados programas e eventos que visam a união de todos para a promoção de atividades de conscientização, que buscam o uso seguro, ético e responsável da rede mundial.

Essa utilização mais consciente e responsável busca tornar a web um local mais saudável e seguro para todos, principalmente para as crianças, as quais começam a se utilizar da rede cada vez mais cedo.

As principais barreiras que essa conscientização enfrenta são os perigos “ocultos” existentes na internet, os quais continuam crescendo de forma assustadora, muito em decorrência da pandemia de COVID-19 que assola a população global, fazendo com que grande parte dos usuários da rede se mantenha reclusa em seus lares, passando a utilizar cada vez mais dos meios digitais, seja para compras, lazer ou até mesmo para cumprir com os deveres laborais.

Golpes digitais, alto risco à privacidade, fraudes dos mais variados tipos, principalmente financeiras, e a disseminação de notícias falsas, as famosas fake news, passaram a ocupar grande parte das notícias que são veiculadas diariamente.

Sendo assim, existem algumas recomendações simples que, se levadas a sério, podem reduzir drasticamente aborrecimentos e prejuízos futuros para a população:

Cuidado com suas senhas: muitas pessoas não dão a importância necessária quando da criação e utilização de senhas na internet. Uma senha bem elaborada, apostando em combinações de letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais, acaba dificultando muito para que criminosos consigam decifrá-las, mesmo através de programas automatizados;

Um perigo chamado “Phising”: tratam-se dos e-mails falsos que induzem os usuários a clicar em determinado link ou a abrir um arquivo anexo. Na maior parte das vezes essas pragas digitais instalam um vírus na máquina para capturar os dados pessoais, financeiros e as senhas do internauta;

Compras online somente de forma responsável: para a compra de produtos ou serviços de forma online se fazem necessários cuidados redobrados, vez que existem muitos sites e lojas virtuais fraudulentas preparadas para se apropriarem dos dados financeiros dos usuários, em especial de daqueles referentes a cartões de crédito. Posteriormente, quando a pessoa percebe o ocorrido, várias compras já foram realizadas em seu nome pelos criminosos. Buscando evitar esse tipo de problema, muitos bancos criaram o serviço chamado de cartão virtual. Com ele, o consumidor consegue realizar uma única compra, vez que ele perde a validade assim que a operação é concretizada;

Divulgação de fake news: antes de curtir ou compartilhar notícias veiculadas na internet, é muito importante checar as informações, ou seja, se são verdadeiras ou falsas. Ajudar a divulgar fake news pode gerar grandes aborrecimentos futuros, tanto na esfera Civil (indenizações), como na esfera Penal (crimes). Vários são os sites que possibilitam com que o internauta verifique a veracidade das informações que chegaram até ele. Um deles é o portal mantido pelo CNJ – Conselho Nacional de Justiça, o qual pode ser acessado pelo link cnj.jus.br/programas-e-acoes/painel-de-checagem-de-fake-news/.

Se todos nós fizermos nossa parte, consequentemente teremos uma internet muito mais segura para nossos filhos e netos.

Enrico Gutierres Loureço é advogado especialista em Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) da Greve Pejon Sociedade de Advogados

Os artigos assinados representam a opinião do(a) autor(a) e não o pensamento do DJ, que pode deles discordar

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