A unidade da Apeoesp em Limeira realizou uma pesquisa em 21 unidades escolares municipais e identificou que a média de frequência dos alunos nas últimas três semanas, quando começaram as atividades presenciais, é de 11,4%, ou seja, a maior parte não está frequentando as aulas e optou pelo ensino remoto.
No documento disponibilizado pelo sindicato, nomeado de “O custo do ensino presencial para poucos em detrimentos do ensino remoto para quase todos”, a Apeoesp informou que o levantamento foi feito pelos representantes de escolas e as unidades são de regiões diferentes e de modalidades diferentes. “Após análise dos dados, podemos verificar que a frequência dos alunos está sendo baixa. Realizamos levantamento nas escolas, como dito anteriormente, de modalidades e regiões diferentes, e esse levantamento nos mostrou que, a média das três semanas dos alunos que frequentaram as aulas presenciais foi de 11,4%, ou seja 88,5% estiveram em ensino remoto. Assim não se justifica o alto investimento pedagógico que está sendo feito, para o atendimento de pequena porcentagem de alunos, em detrimento daqueles que permanecem em ensino remoto, pois o professor ocupa 80% do seu tempo, para atender presencialmente uma pequena parcela de seus alunos, e apenas 20% de seu tempo é destinado ao atendimento da maioria deles que estão em ensino remoto, por opção sensata de suas famílias”, informou.
A Apeoesp aponta que, nos 20% do tempo do professor que é dispensado ao ensino remoto, o profissional tem que atender os alunos via mídias sociais, preparar atividades, gravar vídeos, orientar as famílias na realização das atividades, entre ouras atividades. “Isso tudo sem estrutura adequada de tecnologia, utilizando–se, na maioria das vezes, de seus próprios meios, como notebook, celular e sinal de internet. A Secretaria Municipal de Educação, em nossa opinião, deveria ter dado todas as condições e estrutura para o trabalho remoto e preparado ações e investimento desde o final do ano passado na perspectiva de garantir a inclusão de todos no processo ensino aprendizagem neste momento preocupante e grave da pandemia, pois já era fato que estávamos passando pela segunda onda de contaminação, o que impediria o retorno das aulas presenciais no início do ano letivo com segurança. As unidades escolares, independente da pandemia, necessitam de uma renovação tecnológica, muitas possuem internet de baixa qualidade e de pouca velocidade e equipamentos extremamente obsoletos”, mencionou no documento.
O sindicato informou que, além da rede municipal de Limeira, acompanha a frequência presencial e on-line da rede estadual na cidade de Limeira, Iracemápolis e Cordeirópolis. “O resultado é absolutamente o mesmo, ou seja, o professor ocupa a maior parte do seu tempo com pouquíssimos alunos na sala, prejudicando a expressiva maioria que estão remotos”, finalizou.
Foto: Freepik
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