Acusado de tentar matar 3 em frente à escola vira réu em Limeira

O juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra o homem que tentou matar três pessoas, entre elas uma mulher e uma criança, em frente a uma escola estadual de Limeira no último dia 12 de abril. Em meio à confusão e quando tentavam contê-lo, o acusado disse que faria o mesmo que ocorreu em Santa Catarina – em 5 de abril, quatro crianças foram mortas em ataque dentro de uma creche em Blumenau (SC).

O despacho do recebimento foi assinado nesta quinta-feira (04/05) e, com isso, S.A.A. virou réu oficialmente com a abertura da ação penal. A denúncia foi apresentada pela promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti, que solicitou a instauração de incidente para avaliar a sanidade mental do acusado.

Esse pedido será analisado pelo juiz após a apresentação da resposta à acusação pelo réu. No mérito, a promotora pede que S. seja pronunciado, ou seja, submetido a júri popular.

No início daquela tarde, PMs foram chamados para atender uma ocorrência de ameaça a funcionários da escola. O homem, de 34 anos, segurava uma marreta e ameaçava uma mulher que estava abrigada dentro da escola. Ele foi imobilizado pelos policiais.

A vítima narrou que, ao chegar na escola, o acusado, sem motivo algum, correu em sua direção com a arma dizendo que mataria ela e seu filho. Ele aproveitou-se da abertura de um portão para um carro que entraria na instituição de ensino. A mulher procurou abrigo na escola e o homem foi contido por funcionários. Do lado de fora, ele ameaçou funcionários e alunos dizendo que voltaria para “explodir a escola e matar todos”.

O homem relatou à Polícia Civil que consome bebida e drogas e já ficou em casa de tratamento de doenças mentais. À Justiça, Débora pediu a prisão preventiva e citou a necessidade de relembrar a organização de ofensivas extremamente violentas em escolas pelo país. “São fatos que levaram pessoas inocentes à morte e, que por via oblíqua, têm sido estimulados nas redes sociais criando terror generalizado”, apontou. A juíza Graziela da Silva Nery acatou o pedido do MP e decretou a prisão preventiva.

Pelo menos duas pessoas ouvidas pela Polícia Civil confirmaram que o acusado fez menção ao ataque em Santa Catarina. A promotora incluiu, além da mãe e do menor, uma terceira vítima, um homem que ajudava na escola. Em relação à criança, o acusado vai responder por tentativa qualificada, já que a legislação tem previsão específica no caso de a vítima ter menos de 14 anos.

O réu será citado e terá prazo de 10 dias para apresentar sua defesa prévia à Justiça.

Foto: Pixabay

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