Acusado de feminicídio em fazenda de Limeira vira réu

Em decisão assinada nesta terça-feira (28/06), a juíza Graziela da Silva Nery Rocha, da 3ª Vara Criminal de Limeira, recebeu denúncia e abriu ação penal contra o porteiro J.C.C., de 71 anos, pelo feminicídio de sua ex-esposa Ivanete Santina Carvalho Candinho, de 52 anos.

J. responderá por crime de homicídio triplamente qualificado – cometido contra mulher, por motivo fútil e sem chance de defesa à vítima. O crime ocorreu na noite de 1º de junho em fazenda localizada na região da Rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147/Limeira-Piracicaba).

Na denúncia apresentada pela promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti no último dia 21, consta que J. e Ivanete foram casados por aproximadamente 20 anos e moravam na fazenda onde trabalhavam. Eles estavam separados havia alguns meses, mas J. não aceitava o término do relacionamento.

Conforme apurado, a mulher, que trabalhava no serviço de limpeza da fazenda e vivia em moradia separada, aguardava a visita de um homem e, ao passar pela portaria, relatou o fato ao ex-companheiro. No entanto, ele impunha à Ivanete que não levasse companhias para casa. Enquanto ela conversava pelo celular com a irmã, onde reafirmava que aguardava a visita, J. armou-se com uma faca que estava na pia da cozinha e golpeou Ivanete pelas costas.

A vítima gritou à irmã, que ainda estava na linha telefônica, por socorro. Ela caiu e morreu no local. Nisso, J. tentou fugir e se embrenhou em um matagal. Parentes do ex-casal encontraram o corpo de Ivanete e solicitaram apoio da Polícia Militar. Nas buscas feitas na fazenda, J. foi localizado e preso.

À Polícia Civil, J. admitiu que disse à Ivanete que não aceitaria que nenhum homem entrasse na casa dela. Ao ouvir a conversa dela com a irmã, afirmou que “o sangue subiu na cabeça”, pegou a faca e desferiu o golpe na mulher. Afirmou, ainda, estar arrependido, já que tem 10 netos e 10 bisnetos do casamento anterior.

Agora, J., que segue preso, será citado para apresentar resposta à acusação. O MP pede, nesta etapa, que ele seja pronunciado, ou seja, levado a júri popular para julgamento.

Foto: Reprodução

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