Vereadores querem tendas e cadeiras na fila de espera de bancos em Limeira

Alvos de críticas há meses de parlamentares de Limeira, as agências bancárias e a ausência de estrutura na formação de filas do lado externo voltaram ao debate na sessão desta segunda-feira da Câmara Municipal de Limeira. E os vereadores Dr. Júlio César Pereira dos Santos (DEM) e Lu Bogo (PL) decidiram assinar em conjunto um projeto de lei para tentar trazer obrigações às instituições financeiras.

Pelo projeto apresentado, as agências bancárias em Limeira ficam obrigadas a disponibilizar uma estrutura mínima aos clientes que permanecem em filas externas aguardando atendimento.

A estrutura, definiram os vereadores, inclui o oferecimento de tenda coberta no trecho do passeio público em que a agência está localizada e a disponibilização de cadeiras para espera de atendimento, sobretudo de idosos, deficientes, gestantes e mulheres com crianças de colo, respeitando-se o distanciamento mínimo.

Os parlamentares acrescentaram que as agências bancárias deverão ter funcionários identificados para cuidar da organização da fila externa e dos protocolos de segurança. A legislação proposta prevê aplicação de multa às agências que descumprirem a regra, mas deixou para o Executivo definir valores na eventual regulamentação.

O DJ recebeu uma queixa sobre a agência do Santander, no Centro de Limeira. Segundo relato, o banco atendia o público com apenas três funcionários e houve muitas queixas na fila, com espera de mais de duas horas para atendimento. “Não estão deixando as pessoas entrarem. Temos que aguardar sem senha do lado de fora da porta de vidro, aglomerados”, apontou a denunciante. O Santander informou “que, para a segurança de seus clientes, cumpre rigorosamente todos os protocolos sanitários, além de limitar o número de pessoas na agência – tanto na área interna quanto no autoatendimento – para evitar aglomerações”.

Dr. Júlio e Lu citam, na justificativa do projeto, que, para prevenir a contaminação do coronavírus, o acesso aos bancos passou a ser restrito para se evitar aglomerações e possibilitar o devido distanciamento social.

“A solução encontrada pelos clientes foi a formação de filas do lado de fora do banco, sem nenhum protocolo de segurança, organização e conforto. O mínimo esperado seria o oferecimento de cadeiras, em especial para pessoas idosas, e tendas para proteger do sol forte ou das chuvas. Tanto que é comum casos de pessoas que passam mal, com fraqueza, queda de pressão entre outros sintomas. Há ainda as situações de mães com seus filhos, gestantes, deficientes e outras pessoas com direito a atendimento prioritário, mas que são obrigadas a ficar na mesma fila externa até poderem entrar na agência”, narraram.

Segundo os parlamentares, o projeto, se aprovado, vai buscar amenizar o problema. Em debate sobre o assunto no plenário virtual, Dr. Júlio fez uma ressalva, dizendo que as agências alegam que qualquer regra só pode ser imposta pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), e não por legislação local. “Mesmo sabendo dessas dificuldades, vamos tentar”, disse.

O projeto precisa passar pelas comissões permanentes da Casa para poder ser apreciado pelos vereadores em plenário.

Foto: Arquivo DJ

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.