A promotora Aline Moraes, de Cordeirópolis, ofertou no último dia 9, à Justiça da cidade, denúncia contra 38 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em subtração de caminhonetes de luxo. A ação movida pelo Ministério Público (MP) é resultado da “Operação Alto Luxo”, realizada pela Polícia Civil e que atribuiu ao bando a subtração de 525 veículos – o DJ noticiou o caso (leia aqui).
Na denúncia, a promotora descreve que as ações do bando ocorreram em Cordeirópolis, Limeira, Rio Claro, Campinas, Piracicaba, Araras, São Carlos, Indaiatuba e outros municípios do interior paulista. Para identificar os integrantes, além de atividade de monitoramento em campo, houve interceptação telefônica autorizada pela Justiça.
De acordo com o MP, apenas no primeiro semestre do ano passado, na macrorregião de Campinas, foram registrados 416 furtos e 109 roubos de caminhonetes de luxo da marca Toyota, principalmente os modelos Hilux, SUV e SW4. “Considerando o preço médio e aproximado de cada uma dessas caminhonetes, estima-se o montante de R$ 157 milhões de prejuízo à sociedade como um todo [vítimas, fabricantes, comerciantes, seguradoras, entre outros]”, mencionou.
Para obter os veículos, havia inclusive roubos com uso de armas de fogo e Aline atribuiu vários outros crimes ao bando. “Todos os denunciados e terceiros ainda não identificados faziam parte de uma organização criminosa armada e voltada à prática dos crimes de roubos majorados, de furtos qualificados, de receptações qualificadas [para fins comerciais], de uso de documentos falsos e de adulteração de sinais identificadores de veículos automotores. A organização visava, principalmente, a prática de delitos patrimoniais envolvendo caminhonetes de luxo da marca Toyota, modelo Hilux, e os crimes (roubos e furtos) estavam gerando exacerbado ‘lucro’ aos denunciados e seus comparsas e trazendo demasiado e negativo impacto social, haja vista a quantidade de infrações penais perpetradas e os vultosos valores das caminhonetes”, completou.
A promotoria aponta que a organização criminosa era estruturada, armada, dividida em vários núcleos e com divisão de tarefas entre seus membros. “Foi revelado que o bando tinha pelo menos nove núcleos como estrutura”, afirmou.
A denúncia é analisada na Vara Única de Cordeirópolis e, caso aceita, todos os acusados se tornarão réus e poderão apresentar suas defesas.
Foto: Pixabay
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