Três internações por dependência química, com duração de 1 ano e 10 meses. É usuária de maconha, cocaína e crack. Não está bem emocionalmente em decorrência da descoberta de um câncer, sente muitas dores e, por isso, se entregou às drogas, sem fazer qualquer tratamento ou usar medicações. Este foi o relato de uma mulher presa por tráfico na terça-feira (11/07) em Limeira. Diante da situação relatada, ela recebeu liberdade provisória.
A mulher, de 37 anos, e um rapaz de 24 anos foram levados à Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise) de Limeira. Policiais da unidade faziam diligências em viatura descaracterizada, em um conhecido ponto de tráfico na região do Jd. Abílio Pedro, quando viram a mulher entregar algo para o jovem, em atitude típica de venda de drogas, dentro de uma área verde.
Ambos foram abordados. O jovem levava uma pedra de cocaína e a mulher, antes da abordagem, dispensou três microtubos com o mesmo entorpecente. O rapaz admitiu que comprou a pedra da outra. Na delegacia, a mulher foi revistada por uma agente policial que encontrou mais 17 pinos de cocaína escondidos na região genital.
No interrogatório, a mulher relatou seu drama de saúde. Mãe de dois filhos adolescentes, ela negou ter vendido ao rapaz, dizendo que foi ele quem havia deixado a droga com ela para ir a um bar.
No dia seguinte, diante da pouca quantidade de drogas encontradas com ela e a narrativa sobre a saúde debilitada, o promotor substituto Thiago Isaac Hemenegildo Silva opinou pela aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
O juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, concedeu liberdade provisória à mulher, que deve comparecer a todos os atos do processo e não alterar seu endereço sem avisar o Judiciário, além de comparecer bimestralmente ao Fórum.
O magistrado acatou o pedido da Defensoria Pública para oficiar duas comunidades terapêuticas, em Santa Bárbara D’Oeste e Ourinhos, respectivamente, para juntar evidências da internação da mulher, que será investigada por tráfico e porte ilegal de drogas para consumo pessoal.
Foto: Diário de Justiça
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