Mortalidade infantil aumenta em Limeira e tem o maior índice desde 2014

A taxa de mortalidade infantil em Limeira alcançou, no ano passado, o índice de 12,9 a cada mil nascidos vivos, maior volume registrado no município desde 2014. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde e foram encaminhadas à Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo da Câmara.

Os dados tinham sido solicitados pelos vereadores Everton Ferreira (presidente), Lu Bogo (vice-presidente) e Marco Xavier, que integram a Comissão de Saúde, a partir de reunião que aconteceu em março deste ano. Na ocasião, a vereadora Terezinha Guarnieri participou do debate e citou a possibilidade de o município expandir a realização de cursos para gestantes. Everton, então, concordou por considerar que os cursos podem contribuir para diminuição da mortalidade infantil em Limeira e a Comissão requereu os dados.

Aos parlamentares, o Executivo informou que, sobre o indicador de óbitos infantis, em 2020 a taxa de mortalidade infantil estava em 7,8 e saltou para 12,9 no ano passado.

Dados dos anos anteriores fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), apresentados por Everton à Comissão, mostram que a taxa registrada em Limeira no ano passado é a maior desde 2014.

-2014: 11,7
-2015: 9,7
-2016: 8
-2017: 8
-2018: 8,7
-2019: 10,29
-2020: 7,8
-2021: 12,9

Ao encaminhar os dados à Câmara, a Secretaria Saúde descreveu sobre as possíveis razões da mortalidade infantil. “Pode advir de diversas outras causas, como o comportamento e cuidado com a saúde individual da mãe, doenças transmissíveis e não transmissíveis, condições e fatores genéticos, tanto da mãe, quanto dos bebês”, citou.

Mas informou que, apesar da importância dos cursos às gestantes, “não é possível afirmar categoricamente que a falta de eventual curso ou inassiduidade possa estar diretamente ligada à mortalidade, devendo cada caso ser investigado particularmente.”

O Executivo reforçou que os cursos são importantes porque abordam vários assuntos que auxiliam na gestação, como identificação de fatores que podem contribuir para parto prematuro, cuidados com o recém-nascido, importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno, vacinação, pré-natal.

O município mantém ainda o programa de vacinação nas maternidades, com o objetivo de garantir proteção nas primeiras horas de vida; mantém também o programa de diagnóstico precoce de erros inatos do metabolismo, identificados através do teste de pezinho”, concluiu.

Terezinha também receberá cópia dos documentos encaminhados pela Prefeitura.

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