O juiz Guilherme Lopes Alves Lamas, da 2ª Vara Criminal de Limeira, recebeu denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra uma mulher pelos crimes de furto de revólver e disparos ocorridos em um bar na Boa Vista, em Limeira. Com a abertura da ação penal, ela vira ré perante a Justiça.
O caso aconteceu em 20 de dezembro de 2021. A mulher, de 44 anos, é moradora de rua, entrou no bar e pediu uma bebida ao comerciante. Quando ele se afastou do balcão, ela entrou na dispensa do local, de onde pegou um revólver Rossi, calibre 32, e R$ 300.
Ao voltar, o dono do bar notou a ausência da arma e questionou a mulher, pedindo que se retirasse do local. Contudo, ela se negou a devolver, foi até um banheiro e lá disparou a arma por duas vezes. A Guarda Civil Municipal foi acionada.
Os guardas relatam que encontraram a moradora de rua com a arma, que tinha numeração raspada. Segundo eles, ela estava nitidamente alcoolizada e sem condições de dar explicações. O dono do bar relatou que a arma lhe pertencia e não soube explicar como ela teve acesso. A mulher teria colocado a arma na cintura e exigido dinheiro para devolvê-la.
Os disparos dentro do banheiro do bar não feriram ninguém e os dois foram levados à delegacia. Em agosto, o comerciante assinou acordo de não persecução penal (ANPP) com o MP para evitar ação penal em relação à arma, que perdeu. Ele pagou um salário mínimo e o juiz extinguiu a punibilidade em seguida.
O processo prosseguiu em relação à moradora de rua. No último dia 30, a promotora Paula Alessandra de Oliveira Jodas denunciou-a pelos crimes de furto simples e disparo de arma de fogo em local habitado, previsto no artigo 15 da Lei 10.826/03.
A ré será citada e terá prazo de 10 dias para apresentar resposta à acusação. Beneficiada por liberdade provisória, ela foi solta após audiência de custódia. Sem endereço fixo, o desafio do Judiciário será encontrá-la para dar-lhe ciência do processo.
Foto: Reprodução
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