Limeira está em situação de alerta para dengue; latas e vasos preocupam mais

A Divisão de Controle de Zoonoses de Limeira divulgou, nesta segunda-feira (22/02), uma nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL) para o Aedes aegypti, referente ao mês de janeiro. O Índice de Infestação Predial apurado foi de 1,6, situação de “alerta” em relação à presença de criadouros do mosquito da dengue.

O quadro divulgado hoje apresenta pequena queda no comparativo com o índice apurado em janeiro de 2020, que ficou em 1,7 – igualmente de “alerta”. Conforme os parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição “satisfatória”; 1 a 3,9 configura quadro de “alerta”; e superior a 3,9 sugere “risco”.

Agentes da Prefeitura vistoriaram 4,6 mil imóveis. Das oito áreas em que o município foi dividido, apenas as regiões 5 (Jd. Aeroporto) e 6 (Abílio Pedro) apresentaram situação “satisfatória” – as demais ficaram no índice de “alerta”. A área 3, que inclui bairros como Alto dos Laranjais, Anhanguera, Olga Veroni, Novo Horizonte, Vista Alegre, Parque dos Sabiás e Jd. Independência, é a que concentra a maior infestação, com índice de 3,36.

Nos imóveis pesquisados, foram achados 856 recipientes (criadouros). Desse total, 701 estavam com água, o equivalente a 82%. Dentre os recipientes com água, 78 (ou 11,12%) continham larvas do Aedes aegypti, que além da dengue, é o transmissor da zika e da chikungunya.

Chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa nota variedade de criadouros nas residências. Dos 40 catalogados, foram identificados 27 tipos, sendo que os mais frequentes são as latas/frascos inservíveis (com 122 ocorrências), baldes/regadores (com 95 ocorrências), garrafas retornáveis (com 77 ocorrências) e pneus (com 75 achados).

Em relação à positividade para o Aedes, os vasos de plantas aquáticas estão no topo do ranking: dos 29 vasos identificados, 18 estavam com larvas do mosquito. “As plantas nunca devem ficar em recipientes com água, elas devem ser plantadas diretamente na terra. Se as plantas estiverem em algum vaso, ele deve ser furado e o prato, retirado”, comentou.

Apesar da quantidade de recipientes com criadouros, 55,1% eram móveis e poderiam estar guardados em local seco, como garrafas retornáveis, baldes e regadores, evitando a proliferação do mosquito. Outros 26,2% eram passíveis de ser descartados, como entulho, frascos inservíveis, entre outros.

Desde o início do ano, o município registrou 290 notificações de dengue. Desse total, nove foram confirmadas e 81, descartadas. Outros 200 casos estão em aberto. O atual cenário da dengue e o resultado da ADL preocupam o Zoonoses, que enfatizou a importância da colaboração da população na eliminação dos criadouros. Denúncias de imóveis com criadouros devem ser encaminhadas à Prefeitura pela plataforma 156.

Foto: Prefeitura de Limeira

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