Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de extorsão contra médico em Limeira

O juiz da 1ª Vara Criminal de Limeira, Rogério Danna Chaib, decretou a prisão preventiva de um dos envolvidos na prática de extorsão contra um médico, na noite de terça-feira (22/08). A ação, ocorrida no Jd. Aeroporto, terminou com a morte do adolescente Luygi Belo Martins da Silva, de 15 anos, baleado pela PM quando apontou a arma em direção à vítima.

Conforme relato registrado na Polícia Civil, PMs faziam patrulhamento na região quando receberam a informação de que um homem encapuzado havia entrado em uma casa onde havia um carro branco estacionado em frente. Os policiais logo descobriram a casa e ouviram vozes altas vindas do interior do imóvel.

Como o portão estava encostado, três PMs entraram. Luygi exigiu, em tom ameaçador, a senha e o PIX do médico. Em seguida, o jovem apontou a arma que empunhava contra a cabeça da vítima. Nesse momento, um dos PMs disparou três tiros contra o adolescente, que caiu. O jovem cobria a cabeça com uma balaclava.

Uma varredura foi realizada no imóvel. Ao lado do médico, estava K.H.M., de 22 anos. O médico relatou que havia marcado um encontro com K. no local, quando repentinamente apareceu Luygi, que o ameaçou com uma arma e o obrigou a fornecer senhas bancárias e entregar dinheiro. K. negou participação no crime, mas um outro homem que estava do lado de fora da casa prestou informações relevantes para a apuração.

Ele se identificou como o morador da residência e relatou que permitiu que K. residisse por alguns dias. Ele testemunhou uma conversa entre K. e Luygi e o inquilino lhe disse que levantaria um dinheiro envolvendo o médico. Nisso, K. recebeu voz de prisão. Luygi foi levado ao hospital, mas morreu.

No dia seguinte, a promotora substituta Marianna Fazoli Rodrigues de Azevedo opinou pela concessão de liberdade provisória a K., com imposição de medidas cautelares. Danna Chaib, porém, seguiu outra linha de entendimento. “Percebe-se a ofensa que causa à ordem pública a concessão de liberdade provisória para quem se vê acusado de tão grave delito, sobretudo considerando os antecedentes criminais do investigado, envolvido rotineiramente com a prática de crimes patrimoniais, inclusive sendo reincidente na prática de receptação, revelando possuir personalidade distorcida e vida devotada à prática criminosa”, disse o juiz, que decretou a prisão preventiva. A defesa rebate a informação de que ele tem antecedentes criminais e já pediu a revogação da prisão.

Agora, a Polícia Civil deve investigar os crimes de extorsão e corrupção de menores, bem como as circunstâncias da morte do adolescente decorrente de intervenção policial.

Foto: Pixabay

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