Hackers tentaram negociar com a Prefeitura de Limeira desbloqueio de arquivos criptografados

A invasão cibernética sofrida pela Secretaria Municipal de Educação de Limeira no dia 4 deste mês tem nome: ransomware, software malicioso que criptografou arquivos digitais e, desta forma, impediu o acesso às informações neles contidas. Após o ataque, conforme apurado pelo Diário de Justiça, os criminosos tentaram negociar o desbloqueio.

No comunicado encaminhado à imprensa nesta segunda-feira (13), a Prefeitura informou ter sido vítima do ataque e, após a criptografia de arquivos que estavam num servidor da Educação, alguns serviços como acesso à internet, sistema de chamadas internas e arquivos internos ficaram impossibilitados para uso (leia aqui).

Até esta quarta-feira (14), os arquivos ainda estavam criptografados, mas o setor de Tecnologia da Informação (TI) do Executivo já recuperou dados considerados importantes e que estavam alocados em outra repartição que é abastecida por backup – cópia de segurança. “O servidor atingido ainda está ligado fora da rede e em observação. Após o período de quarentena, este servidor será formatado dando lugar a um servidor novo. Os arquivos que foram criptografados por um tipo de ransomware eram de uso para tarefas diárias da secretaria, como arquivos para elaboração de texto, planilhas de checklist das atividades, acesso ao sistema interno de chamadas e o sistema de acesso à biblioteca de livros da Secretaria da Educação”.

Após a invasão, a Prefeitura recebeu um e-mail e os criminosos expuseram os endereços de protocolo do servidor e computadores afetados. Chegaram a solicitar que o Executivo fizesse contato para uma negociação. “O que não foi feito por parte da Prefeitura, pois os dados/arquivos relevantes foram recuperados e os serviços foram restabelecidos sem prejuízos maiores, não sendo necessário ‘negociar’ com os criminosos”, comunicou. Quando do comunicado da invasão, a Prefeitura informou que foram realizadas análises rigorosas pelos setores de TI e Proteção de Dados, confirmando que o município e o titular de dados não tiveram nenhum prejuízo financeiro ou risco relevante. O caso foi comunicado à Polícia Civil, que investiga a ação criminosa.

Foto: Freepik

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