Golpe do soldado dos EUA em missão no Afeganistão tem nova vítima em Limeira e caso chega à Justiça

O Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo, encaminhou em novembro, à Justiça de Limeira, processo sobre estelionato cometido contra uma mulher que caiu no golpe do soldado norte-americano que está em missão no Afeganistão, país asiático que voltou a ser controlado, recentemente, pelo Talibã. A limeirense perdeu R$ 1,8 mil.

Em setembro do ano passado, ela informou à Polícia Civil que, por meio do Instagram, conheceu uma pessoa com o nome de “Burrows Nelson”, com quem começou a conversar. Ele orientou a limeirense a continuar o diálogo por meio do aplicativo “Google Hangouts”, plataforma de mensagens semelhante ao WhatsApp.

O homem alegou que era da Califórnia, nos Estados Unidos, e integrava o Exército americano, estando em serviço no Afeganistão. Disse que tinha uma filha de nome Stephanie, de 4 anos, que precisaria realizar uma cirurgia, porém, não tinha o dinheiro. Falou que seus parentes estavam auxiliando e pediu auxílio de R$ 1,8 mil à limeirense para completar o valor da suposta cirurgia.

A conversa começou em julho e ela fez o depósito em agosto. Dez dias depois, ela percebeu que se tratava de uma fraude. À polícia, ela informou os dados da conta para onde o dinheiro foi repassado. Para dar mais veracidade à estória, ele enviou um documento do suposto hospital onde a filha estaria. Mas, ao traduzir o documento na internet, a mulher descobriu que se tratava de um documento médico de outra pessoa.

A investigação foi remetida para a capital. A dona da conta, uma mulher de 23 anos moradora do bairro Água Funda, foi chamada na delegacia e disse que, apesar de ser titular da conta, não a utiliza e cedeu-a para um primo, que a utiliza para trabalho no segmento de vidros. Ela confirmou que o dinheiro depositado pela limeirense foi sacado por ele.

O autônomo, de 35 anos, admitiu a transferência de R$ 1,6 mil e disse que era referente ao orçamento de uma cabeleireira, na Vila Gumercindo, na capital. Disse que, após o pagamento, foi até o estabelecimento, que estava inoperante. Ele disse não ter os dados da profissional. Afirmou que usou o dinheiro para adquirir materiais, mas não possuía comprovante das compras.

Como a vítima é de Limeira, após apresentação do relatório final, a investigação retornou à cidade. Nesta quinta-feira (02/12), a promotora Letícia Macedo Medeiros Beltrame solicitou a folha de antecedentes do homem que sacou dinheiro para possível oferecimento de acordo de não persecução penal.

Em agosto, o DJ contou o caso do idoso limeirense que perdeu R$ 8 mil ao ser enganado por uma falsa mulher que se dizia militar em serviço no Afeganistão (leia aqui). A investigação não chegou a autoria do crime e foi arquivada.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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