Ex-sede da Prefeitura de Limeira, Edifício Ouro Verde será reformado após 20 anos

Prédio histórico que abrigou a sede da Prefeitura de Limeira, o Edifício Ouro Verde, na Rua Dr. Trajano de Barros Camargo, no Centro, será reformado e modernizado para voltar a funcionar após duas décadas de desocupação. Os projetos de reforma, sob comando do arquiteto Felipe Penedo, estão em fase de finalização para, em sequência, as obras começarem.

O edifício tem 15 andares, com 4 salas cada. O proprietário da construção quer comercializar um bloco de salas e alugar o restante.

O Edifício Ouro Verde foi a sede da Prefeitura de meados da década de 80, na administração de Jurandyr Paixão, até o final dos anos 90, quando o Paço Municipal foi transferido pelo então prefeito Pedrinho Kühl para um imóvel na Av. Dr. Lauro Corrêa da Silva. O Município só voltou a ter uma sede própria no início dos anos 2000, quando José Carlos Pejon adquiriu o Edifício Prada, sede atual do Executivo.

Com a saída da Prefeitura, o Edifício Ouro Verde ficou esquecido. Atualmente, apenas uma instituição bancária ocupa o pavimento térreo. A reforma é vista com muita expectativa por Felipe. “O proprietário quer colocar o prédio para funcionar novamente em seu uso original, que são as salas comerciais. Vai ocupar o espaço que está ocioso há muito tempo”.

Revitalização

O arquiteto já finalizou o projeto da parte externa e agora se concentra no lado interno, como saguão e áreas comuns. Depois, fará o orçamento dos projetos complementares, como adequação elétrica, exigências dos Bombeiros, revisão hidráulica e elevadores. O passo seguinte é a reforma, que deve durar entre 9 e 12 meses.

Felipe acredita que a restauração do Edifício Ouro Verde contribuirá para a revitalização do chamado Baixo Centro. “Todas as intervenções naquela região são positivas. Ela ficou esquecida e o mercado imobiliário deixou de ter interesse. O Ouro Verde é um prédio extremamente bem construído, estrutura sólida, excelente layout de salas e já sediou a Prefeitura e instituição de ensino. Com a reforma, a ideia é estimular proprietários de outros prédios da região a fazer o mesmo. O Baixo Centro tem construções sólidas e esteticamente interessantes, feitas em outro período histórico de Limeira”, disse.

Para o arquiteto, uma readequação na legislação urbanística não é suficiente, mas integra um pacote que pode ajudar a revitalizar o trecho. “É uma região consolidada, possui rede de serviços, infraestrutura urbana boa, mas é triste vê-la vazia. É preciso um plano para ocupação de espaço, talvez exigir que novos empreendimentos deem contrapartidas para revitalização da região, com readequação de calçadas, iluminação pública e até uma interligação com a Boa Vista. O abandono deve ser tratado com circulação viária e de pessoas. Sou entusiasta da revitalização do Baixo Centro e bastam algumas intervenções para que ela ocorra naturalmente”.

Fotos: Reprodução/Felipe Penedo

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